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Espanha/Escândalo

Filha do rei da Espanha é indiciada por fraude fiscal e lavagem de dinheiro

A infanta Cristina, filha mais nova do rei Juan Carlos da Espanha, foi indiciada nesta terça–feira, 7 de janeiro de 2014, por fraude fiscal e lavagem de dinheiro. Ela foi convocada a comparecer no tribunal de Palma de Maiorca no dia oito de março. Essa é a primeira vez que um integrante da família real é envolvido na investigação sobre corrupção que visa o marido de Cristina.

A Infanta Cristina, filha mais nova do rei de Espanha, foi indiciada por corrupção na Espanha.
A Infanta Cristina, filha mais nova do rei de Espanha, foi indiciada por corrupção na Espanha. REUTERS/Daniel Aguilar/Files
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Iñaki Urdangarin, marido de Cristina e ex-campeão olímpico de handebol, é suspeito de desvio de dinheiro público. Ele teria desviado mais de 6 milhões de euros dos cofres públicos, graças a contratos lucrativos com autoridades regionais para a organização de congressos ligados ao esporte.

Escândalo

O escândalo estourou em 2011, e desde então o marido de Cristina foi afastado das atividades oficiais da família real. Em 2012, a infanta Cristina já havia sido indiciada por tráfico de influência, mas essa decisão do juiz encarregado do caso havia sido anulada após um recurso.

O juiz iniciou então uma nova investigação para descobrir se a filha do rei estava envolvida nas supostas atividades fraudulentas de seu marido. Ele examinou cuidadosamente as declarações de renda e as contas bancárias da infanta.

Exílio na Suíça

Em 2013, a infanta Cristina se mudou para a Suíça, onde trabalha para uma fundação. A luxuosa mansão onde o casal vivia com seus quatro filhos em Barcelona foi colocada à venda no ano passado. Metade do valor do imóvel foi confiscada pela justiça, assim como 16 bens pertencentes a Iñaki Urdangarin e a um ex-sócio.

Imagem da monarquia abalada

Esse escândalo abalou a imagem da monarquia espanhola. Em uma pesquisa de opinião divulgada no último domingo pelo jornal de centro-direita El Mundo, 62% dos espanhóis desejam que o rei Juan Carlos abdique e somente metade da população ainda apoia a monarquia. Esse índice caiu cinco pontos percentuais nos últimos doze meses.

Segundo a pesquisa, o único recurso para a família real é o príncipe Felipe: 66% das pessoas interrogadas têm uma opinião positiva sobre o herdeiro da coroa, e 57% acreditam que ele seria capaz de melhorar a imagem da monarquia.
 

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