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Holanda/Segurança Nuclear

Em cúpula nuclear, Obama busca apoio para excluir Rússia do G8

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta segunda-feira (24) que europeus e americanos estão unidos "para fazer a Rússia pagar pela anexação da Crimeia". Obama desembarcou na manhã de hoje na Holanda, para participar de uma cúpula sobre segurança nuclear que é ofuscada pela crise ucraniana e por uma reunião extraordinária do G7. O grupo dos países mais industrializados do mundo pode formalizar ainda hoje a exclusão da Rússia do G8.

Obama encontra o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte (à direita), na manhã desta segunda-feira (24) em Amsterdam.
Obama encontra o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte (à direita), na manhã desta segunda-feira (24) em Amsterdam. REUTERS/Cris Toala Olivares
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A segurança nuclear no mundo é o tema que leva à Haia, na Holanda, mais de 50 chefes de Estado e de governo, entre eles o presidente americano, o francês François Hollande e o chinês Xi Jiping para um encontro de dois dias. Esse encontro foi uma iniciativa de Obama, que defende que os líderes mundiais unam esforços para evitar que grupos terroristas consigam ter acesso a materiais nucleares e fabriquem as chamadas "bombas sujas", ou seja, bombas que misturam explosivos convencionais e produtos radioativos. Na avaliação da diplomacia americana, essa é a principal ameaça para a segurança mundial.

No entanto, neste primeiro dia de discussões, os líderes mundiais devem se concentrar na crise entre a Rússia, a Ucrânia e o Ocidente. Obama convocou para a noite desta segunda-feira uma reunião de emergência do G7, grupo formado por Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá, que oficializou a participação da Rússia em 1997 dando origem ao G8. Um dos objetivos é decidir se excluem a Rússia do grupo das maiores economias do planeta. A estratégia visa isolar Moscou e manter a pressão sobre o governo russo, após a crise internacional originada pela anexação da Crimeia.

Depois de um encontro com o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, na manhã de hoje em Amsterdã, Obama declarou que Estados Unidos e União Europeia estão unidos para defender a Ucrânia e sua população e para fazer a Rússia "pagar um preço" pelas suas ações durante a crise ucraniana. O premiê holandês disse que americanos e europeus consideram a anexação da Crimeia pela Rússia uma violação do direito internacional.

Apesar do discurso afinado, as negociações devem ser um pouco mais difíceis sobre as sanções econômicas sugeridas por Washington. Na quinta-feira, Obama defendeu a ideia de atingir setores estratégicos da economia russa, mas os europeus sabem que têm muito mais a perder do que os Estados Unidos com medidas fortes e eventuais represálias de Moscou, principalmente no setor energético.
 

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