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Ucrânia/Rússia

Ucrânia denuncia presença de militares russos no leste do país

O governo ucraniano afirmou nesta quinta-feira (21) ter apreendido perto de Lugansk, reduto dos separatistas pró-russos, dois veículos blindados pertencentes ao exército russo. Se a informação for confirmada, trata-se da primeira prova do envolvimento das forças russas no conflito no leste da Ucrânia. Acusada por Kiev e pelos ocidentais de enviar armas e combatentes para os rebeldes, a Rússia sempre negou qualquer implicação.

Tanques ucranianos estacionados em um campo militar na região de Lugansk nesta quinta-feira, 21 de agosto de 2014.
Tanques ucranianos estacionados em um campo militar na região de Lugansk nesta quinta-feira, 21 de agosto de 2014. REUTERS/Valentyn Ogirenko
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"Nos combates perto de Lugansk, os soldados ucranianos capturaram dois veículos blindados da divisão de Pskov, na Rússia. Em um dos veículos foi encontrada uma carteira de motorista e documentos militares", afirmou um porta-voz militar ucraniano. O ministério russo da Defesa negou que os veículos pertençam ao exército da Rússia.

O exército ucraniano também informou que uma "grande batalha" está em andamento em Lugansk, um dos principais redutos separatistas. A imprensa não tem acesso à cidade, que está sitiada. A água, a eletricidade e a comunicação foram interrompidas há três semanas.

A nova tática ucraniana tem como objetivo isolar os separatistas da fronteira com a Rússia. As forças ucranianas afirmaram ter destruído três tanques, dois veículos blindados e lança-foguetes.

Em Donetsk, outro reduto dos separatistas, a situação dos civis é cada vez mais difícil. Antes do conflito, a cidade tinha um milhão de habitantes. Mas ao menos 415.800 fugiram, segundo a ONU, que contabilizou dois mil mortos em quatro meses.

Comboio humanitário

Depois de uma semana parados no lado russo da fronteira, os primeiros caminhões do comboio humanitário de Moscou começaram a penetrar nesta quinta-feira na terra de ninguém entre Rússia e Ucrânia.

Cerca de 260 veículos com ajuda humanitária para as populações do leste ucraniano deixaram a capital russa no dia 12 de agosto. O governo ucraniano e os ocidentais temiam que a carga escondesse armas para os rebeldes separatistas.  A Cruz Vermelha media as negociações para que o comboio possa penetrar no território ucraniano.

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