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Negócios

Fundo soberano do Catar compra o bairro mais moderno de Milão

O Qatar Investment Authority, fundo soberano do emirado árabe Catar, se tornou o proprietário do bairro de Porta Nuova, considerado a mais nova jóia artquitetônica da cidade de Milão, na Itália. O valor da transação não foi divulgado, mas estima-se que não tenha custado menos do que € 2 bilhões.

O bairro de negócios milanês Porto Nuova.
O bairro de negócios milanês Porto Nuova. REUTERS/Stefano Rellandini
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Anne Le Nir, correspodente da RFI em Roma.

A empresa italiana de desenvolvimento imobiliário Hines Itália anunciou, em um conferência para a imprensa, em Milão, no norte do país, que o fundo soberano do Catar se tornou o proprietário exclusivo do bairro, um dos principais centros de negócios e escritórios da rica região da Lombardia. O Qatar Investment Authority pertence ao Estado do Catar, um minúsculo emirado do Golfo Pérsico governado por um regime absolutista e hereditário.

Porta Nuova é o mais novo bairro da capital econômica da Itália e compreende 25 prédios em uma superfície de 290.000 m². Entre os edifícios recém construídos está o arranha-céu Il Bosco Verticale (O Bosque Vertical), que recebeu um dos principais prêmios internacionais de arquitetura em 2014.

Segunda compra em quatro meses

Embora o valor do negócio não tenha sido divulgado, o diretor da Hines Itália, Manfredi Catella, afirmou que seria "uma das maiores transações já feitas na Europa". A empresa representa o consórcio de investidores do projeto, lançado em 2005.

O Catar havia entrado como acionista em 2013, com participação de 40%. A partir de agora, possui 100%, mas é possível que se abra para outros fundos soberanos que desejarem fazer parte da sociedade de forma minoritária.

A compra se insere em um fenômeno de investimetno em imóveis europeus por milionários de países emergentes ou por emirados da Península Arábica. Em Londres, a região de Canary Wharf, o bairro dos negócios da capital, é o mais visado por fundos soberanos de países emergentes. Em outubro, este mesmo fundo do Catar pagou £ 1,1 bilhão pela sede social do banco HSBC. Já o brasileiro Joseh Saphra, pagou, em novembro, € 918 milhões pelo icônico edifício The Gherkin, na mesma região de Londres.

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