Copiloto fez pesquisas sobre suicídio e bloqueio de portas na internet
O Ministério Público de Dusseldorf informou nesta quinta-feira (2) que o copiloto da Germanwings Andreas Lubitz fez pesquisas na internet sobre suicídio, portas blindadas dos cockpit, medidas de segurança nos aviões e tratamentos médicos até a véspera do acidente nos Alpes franceses. O copiloto sofria de depressão e é suspeito de ter se suicidado, matando as 149 pessoas que estavam a bordo do voo 4U 9525 no dia 24 de março.
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No tablet apreendido pela polícia no apartamento do copiloto foram encontradas pesquisas feitas por ele entre os dias 16 e 23 de março, ou seja, um dia antes da queda do avião. O Ministério Público alemão não especificou para que tipo de doença ele pesquisou tratamento.
Na segunda-feira, o Ministério Público de Dusseldorf já havia declarado que Lubitz tinha feito terapia por sofrer de depressão e ter tido, no passado, tendências suicidas. Recentemente, ele estava sendo acompanhado por médicos de uma clínica de Dusseldorf, que prescreveram várias licenças médicas, inclusive para a data do acidente. O copiloto escondeu seus problemas dos colegas e rasgou as ordens de interrupção do trabalho.
A Lufthansa, que em um primeiro momento negou ter conhecimento da depressão do copiloto, informou ter entregue à justiça alemã "documentos adicionais" confirmando que Lubitz tinha comunicado à escola de pilotagem que havia passado por um grave depressão em 2009.
BIld diz que copiloto mentiu para os médicos
O jornal alemão Bild, que apesar de sensacionalista fez várias revelações em primeira mão sobre o acidente, disse hoje que Lubitz teria mentido para seus médicos. Ele teria dito que estava cumprindo a sua licença médica, quando, na verdade, ele continuava a trabalhar.
Documentos recolhidos pelos investigadores também revelam, segundo o jornal, que Lubitz teria se envolvido em um acidente de carro no ano passado. Esse acidente seria, inclusive, a causa dos seus supostos problemas de visão.
Encontrada segunda caixa-preta
O procurador de Marselha, Brice Robin, anunciou nesta quinta-feira (2) que a segunda caixa-preta do A320 da Germanwings foi encontrada no local do acidente. O equipamento, conhecido na aeronáutica pela sigla FDR, de Flight Data Recorder, contém dados técnicos e parâmetros do voo.
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