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Espanha/Eleições

Defensora dos desalojados, Ada Colau deve se tornar prefeita de Barcelona

Chamada de “inexperiente”, “populista” e “nazi” pela oposição, e de “anjo”, “heroína” e “líder” pelos defensores, Ada Colau pode não ser unanimidade, mas conseguiu apoio de uma maioria que deve garantir sua cadeira como prefeita de Barcelona.  

Ada Colau celebra vitória do partido Podemos em Barcelona, em 25 de maio de 2015.
Ada Colau celebra vitória do partido Podemos em Barcelona, em 25 de maio de 2015. Reuters/Albert Gea
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Luciana Marques, em colaboração especial para a RFI Brasil

Aos 41 anos, Colau pode se tornar a primeira mulher da extrema-esquerda a comandar a segunda maior cidade espanhola. Ela ficou conhecida depois de virar porta-voz da Plataforma dos Afetados pela Hipoteca (PHA), em 2009.

Em meio à bolha imobiliária na Espanha e à crise na hipoteca, a ativista do partido Podemos ganhou espaço na política ao defender os desalojados. Na Espanha, a lei exige que as pessoas continuem pagando a hipoteca, mesmo depois de despejadas. Colau defende mudanças nessa legislação e o fim de expulsões da cidade. Ela também pretende transformar apartamentos vazios em alojamentos sociais.

A ativista prega ainda por uma moeda local, pela luta contra a corrupção e pela transparência – se envolvendo em debates até sobre o valor de seu salário, se eleita prefeita. Ela receberia €2.200 euros mensais (cerca de R$7.500), valor considerado insuficiente para alguns, e muito alto para outros, que lembram que metade da população vive com €1.000 euros (R$3.400), ou menos, por mês. O prefeito atual, o nacionalista conservador Xavier Trias, ganha mais de €140 mil por ano (mais de R$450 mil).

Biografia

Ativista social e defensora dos direitos humanos, Ada Colau participou de vários movimentos sociais. Ainda adolescente, trabalhou como voluntária na Anistia Internacional. Cursou filosofia na Universidade de Barcelona, onde começou a participar de atividades políticas.

Mais recentemente, participou de movimentos contra o Banco Mundial, em 2002, e contra a Guerra no Iraque, em 2003. Ela chegou a ser presa por protestar dentro de um banco (a foto circulou nas redes sociais nos últimos dias).

Colau revela com orgulho sua história de vida – de aeromoça, professora particular e "Mamãe Noel" até a possibilidade de chegar ao topo de sua carreira política como prefeita de Barcelona. Desafio que deve ser recheado de polêmicas.

Em seu blog, Colau discute até se deve ou não se reunir com setores dominantes na economia. “Comer ou não com um banqueiro?” é o título de um dos textos. A reposta da ativista foi “sim”, desde que cada um pague sua conta.
 

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