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AF447/caixas-pretas

Dados das caixas-pretas inocentam Airbus, diz Le Figaro

As primeiras informações das caixas-pretas do voo AF447 inocentam a Airbus, segundo informações exclusivas do jornal francês Le Figaro, mas não descartam falhas dos pilotos ou no procedimento de segurança da Air France.

Coletiva do BEA (Birô de Investigações e Análises), escritório francês que investiga a segurança na aviação civil
Coletiva do BEA (Birô de Investigações e Análises), escritório francês que investiga a segurança na aviação civil Reuters
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Segundo o jornal Le Figaro, os primeiros dados do FDR (Flight Data Recorder), que registra os parâmetros do voo, mostram que o Airbus 330 não foi a causa do acidente. As sondas Pitot, que indicam a velocidade do avião, foram apontadas como uma das responsáveis pela tragédia. A própria Air France iniciou um programa de troca dos sensores, que congelavam em altas altitudes, cerca de dois meses antes do acidente.

Mas segundo fontes ligadas à investigação, os dados do CVR (Cockpit Voice Recorder), com os diálogos dos pilotos na cabine de pilotagem, além do próprio FDR, vão revelar se os erros cometidos são de responsabilidade dos pilotos ou da Air France –principalmente em relação aos procedimentos de segurança impostos pela companhia.

De acordo com o Le Figaro, o BEA deverá divulgar novas informações sobre a responsabilidade da Air France ou dos pilotos nesta terça-feira. Um relatório completo deverá ser divulgado no verão, mas até o fim da semana, as causas do acidente poderão ser esclarecidas.

Nesta segunda-feira, o BEA informou que os dados das caixas-pretas estão intactos. Para a Airbus, "a leitura das caixas-pretas é a única maneira de entender a sequência de acontecimentos que antecederam o drama. Já a Air France declarou que "a companhia espera que a análise dos dois equipamentos traga respostas às perguntas feitas há dois anos pelas famílias das vítimas, pela própria companhia e a comunidade do transporte aéreo.

Para a ministra da Ecologia Nathalie Kosciusko-Morizet, "a descoberta das caixas-pretas é um sucesso operacional." Para garantir a transparência do processo, o coronel brasileiro Luis Claudio Lupoli, do CENIPA (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), está participando da recuperação dos dados.
 

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