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França/Violência

Ataque em escola judaica na França deixa pelo menos 4 mortos

Um ataque contra um colégio judaico na manhã desta segunda-feira em Toulouse, no sudoeste da França, deixou 4 mortos, entre elas 3 crianças, de acordo com o procurador da República Michel Valet. Um homem de motocicleta abriu fogo contra um grupo de pais e crianças em frente à escola judaica Ozar Hatora, num bairro residencial da cidade.

A escola judaica Ozar-Hatorah, em Toulouse.
A escola judaica Ozar-Hatorah, em Toulouse. Streetview
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Um professor de hebraico de 30 anos, seus dois filhos de 3 e 6 anos, e uma outra criança de 10 anos morreram no ataque, segundo o procurador. Uma adolescente de 17 anos, que seria filha do diretor da escola, ficou gravemente ferida.

Testemunhas afirmam que o atirador disparou várias vezes contra as crianças que tentavam entrar na escola e em seguida fugiu. O local foi cercado pela polícia. Imediatamente, o governo reforçou a vigilância em todas as escolas judaicas do país.

O presidente Nicolas Sarkozy e o ministro do Interior, Claude Guéant, estão a caminho de Toulouse, acompanhados de líderes da comunidade judaica. O candidato socialista às presidenciais, François Hollande, também viaja para Toulouse para prestar solidariedade aos familiares das vítimas. Hollande qualificou o crime de ato antissemita.

A polícia francesa investiga se há uma ligação entre esse crime e outros dois ataques registrados nos últimos dias contra militares, na mesma região. O atirador da escola judaica utilizou duas armas e uma delas tem o mesmo calibre da arma que matou dois militares e deixou um gravemente ferido segunda e quinta-feira da semana passada em Toulouse e Montauban, outra cidade da região.

Os militares também foram alvejados por um homem que circulava numa motocicleta. O ministro Claude Guéant disse que há "semelhanças" entre os crimes.

A comunidade judaica no país, a primeira da Europa reunindo entre 500 mil e 700 mil pessoas está em estado de choque. "Estou horrorizado com o que aconteceu na escola judaica em Toulouse", declarou o grande rabino da França, Gilles Bernhaim, que disse se sentir profundamente "ferido no corpo e na alma". 

A polícia trabalha com três hipóteses. Um acerto de contas entre militares, crime de conotação religiosa ou ainda um protesto contra a presença de soldados franceses no Afeganistão.

 

 

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