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França/Política

Acordo entre Copé e Fillon não encerra disputa na UMP

Jean-François Copé, presidente proclamado da UMP (União por um Movimento Popular, partido direitista do ex-presidente Nicolas Sarkozy) disse estar "feliz" com o acordo atingido nesta segunda-feira com o antigo primeiro ministro François Fillon, encerrando quatro semanas de guerra fratricida no seio do partido. Os dois rivais se opunham publicamente desde a contestada eleição de 18 de novembro concordaram em realizar um novo pleito para a presidência do principal partido de oposição na França, em setembro de 2013.

François Fillon e Jean-François Copé, em 27 de setembro de 2012
François Fillon e Jean-François Copé, em 27 de setembro de 2012 AFP PHOTO DENIS CHARLET
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"A militância queria que isso se acalmasse, que reencontrássemos um caminho do coletivo, e o papel do presidente da UMP, que sou eu, era dizer: 'Ok, concordo, é preciso reencontrar o caminho, assumo minhas responsabilidades e proponho uma eleição antecipada em setembro", afirmou à televisão francesa. "Nos encontramos, chegamos ao acordo e nos cumprimentamos. Creio que foi a coisa mais linda depois dessas três semanas de pesadelo". Para ele, o conflito é página virada.

No entanto, Copé se recusou a dizer se havia cedido no braço de ferro contra Fillon, aceitando adiantar o calendário eleitoral. A princípio, o presidente proclamado só aceitava realizar uma nova disputa depois das eleições municipais de março de 2014. Copé também não quis declarar sua candidatura: "Não estou preocupado com isso agora porque meu assunto agora é principalmente reconstruir, apaziguar. Chegará a hora de dizer minhas intenções, mas agora meu primeiro objetivo é reunir nossa família". Fillon também preferiu postergar a decisão e só deve anunciar uma eventual candidatura em junho do ano que vem, se julgar "útil e necessário".

Pior saída
Em visita ao Mercado de Natal da Avenida Champs Elysées nesta terça-feira, a presidente da Frente Nacional (extrema direita), Marine Le Pen, disse que o acordo entre Copé e Fillon é a "pior das soluções" e vai relançar uma campanha interna "cheia de perigos". "Não estou certa de que possamos falar em saída da crise, porque eles só conseguiram concordar com a pior das soluções", disse.

Para ela, a UMP deixará perdurar por meses uma direção que não é unitária e relançará uma campanha interna no meio do verão, "com todos os perigos que conhecemos em matéria de tensão". "Esta guerra latente", afirmou, "criará uma pressão suplementar durante os trabalhos das eleições municipais". Durante todos esses meses, "a UMP não servirá para nada, pois continuará a olhar para o próprio umbigo".
 

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