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Marselha/Cultura

Marselha se torna a capital europeia da cultura

A grande metrópole do sul da França, cuja imagem tem sido manchada recentemente por causa da violência urbana, receberá neste sábado o selo de capital européia da cultura para o ano de 2013. Centenas de eventos estão programados ao longo do ano em toda a cidade e nas regiões próximas.

Vista do antigo porto de Marselha, que abrigará as festividades iniciais do ano cultural na cidade
Vista do antigo porto de Marselha, que abrigará as festividades iniciais do ano cultural na cidade REUTERS/Jean-Paul Pelissier
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Arte Contemporânea, circo, intercâmbio cultural entre a Itália e a França, espetáculos pirotécnicos, exposições de Rodi e retrospectiva sobre a pintura moderna. O programa é denso e feito exatamente para agradar a todos os gostos de habitantes e visitantes que aproveitarão a diversidade cultural de Marselha. Outras cidades vizinhas menores também devem realizar eventos, influenciadas pelo título oferecido à Marselha pela União Europeia. Cerca de 90 milhões de euros ( 250 milhões de reais) foram investidos na estrutura da cidade mais antiga da França.

A capital européia da cultura tem enfrentado dificuldades nos últimos, sobretudo problemas sociais e violência urbana, devido ao seu urbanismo e taxa de imigração desenfreados. Em 2013, Marselha terá a oportunidade de dar a volta por cima, através dos projetos de renovação de centros históricos e a construção de novas instituições culturais de peso. Em todos os lugares,durante todo o ano, o visitante terá a oportunidade de desfrutar da variedade de artes, músicas, danças e outras expressões pela cidade. Por exemplo, a Torre Panorama da Friche receberá, a partir deste sábado(12), a exposição "Aqui além". Outros eventos estão programados para as próximas semanas. O Museu Olhares da Provence será aberto em fevereiro, os museus da Vida Mediterrânea e da Arte Regional Contemporânea serão inaugurados em março. Ao todo, 660 milhões de euros (mais de 1 bilhão de reais) foram investidos na construção de 20 centros culturais por toda a cidade.

Neste sábado, o presidente francês François Hollande, acompanhado do presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, inaugurará o Museu das Civilizações da Europa e do Mediterrâneo (Mucem), qui abrirá totalmente as suas portas em junho, perto do famoso porto da cidade. Uma grande festa de sons e luzes está programada para dar o pontapé inicial do ano, tão esperado pelos marselheses desde o anúncio do título conferido à cidade, em 2008. As 17 horas locais, uma "parada de luzes" tomará conta dos bairros da cidade, enquanto que um grande número de barcos aclamará o início do ano cultural, com um imenso cortejo nas proximidades do porto. Em várias praças de Marselha, artistas cantarão durante toda a tarde, antes que as luzes se apaguem no início da noite, para o tão esperado espetáculo de fogos de artifício à beira do Mediterrâneo. Os organizadores esperam cerca de 300 mil pessoas para o primeiro dia de festas, e quase 400 mil visitantes em toda a região, que também contará com um evento de artes plásticas na vizinha Aix-en-Provence e um espetáculo pirotécnico em Arles.

A ministra da cultura da França, Aurélie Filippetti diz que o ano cultural de Marselha permitirá que mudanças sejam feitas na imagem da segunda mais importante cidade do país. "Nós amamos esta região e nós pretendemos mudar os clichês que, frequentemente, estão associados à Marselha e ao sul da França. Precisamos parar de pensar em Marselha somente como a cidade da insegurança e da violência", afirmou a ministra.

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