Polícia tem novas pistas sobre atirador de Paris

Pelo segundo dia consecutivo, a polícia francesa busca em Paris um homem que feriu gravemente um assistente de fotógrafo do jornal Libération, atirou contra um banco e sequestrou um motorista. De acordo com uma fonte próxima do caso, 400 denúncias anônimas foram feitas e novos elementos aparecem a todos os momentos.

Nova foto do atirador divulgada pela polícia francesa que continua as buscas. REUTERS/Prefecture de Police/Handout via Reuters

"Dessas ligações, 120 foram transformadas em boletins de ocorrência, ou seja, serão investigadas", afirmou a mesma fonte. As buscas se intensificaram depois que o ministro do interior, Manuel Valls, classificou o atirador de "altamente perigoso" e prometeu não medir esforços para capturá-lo. Imagens de câmeras de vigilância do homem, branco, entre 35 e 45 anos têm sido divulgadas para que a população possa ajudar a identificá-lo.

Na segunda-feira, ele invadiu a sede do jornal Libération, sacou uma escopeta calibre 12 de cano cerrado e atirou duas vezes contra a primeira pessoa que viu. A vítima é um assistente de fotógrafo de 23 anos. Ele foi operado, mas ainda corre risco de morrer. Uma hora e meia depois do primeiro ataque, o mesmo homem atirou contra a sede do banco Société Générale, no bairro comercial de La Defense, oeste de Paris.

Em seguida, ele abordou um motorista na rua e o obrigou a levá-lo até a Avenida Champs Elysées. No caminho, disse que saiu da prisão, tem uma granada e está disposto a tudo. Essas declarações estão sendo analisadas pelas autoridades. De acordo com a polícia judiciária, "não se pode saber se elas são verdadeiras ou se ele só queria intimidar o motorista".

Apesar do alerta geral à polícia e da designação de um helicóptero para procurá-lo, as forças de segurança o perderam de vista na avenida mais turística da capital. Três dias antes, ele invadiu a sede da BFMTV e ameaçado o redator-chefe da rede televisiva com a mesma arma.

Até agora não se sabe qual teria sido a motivação dos crimes, mas a principal preocupação das autoridades é capturar o atirador: "Os franceses podem contar com a mobilização da polícia e da guarda civil", afirmou o primeiro ministro, Jean-Marc Ayrault. "Encontraremos o autor destes crimes para que ele seja julgado e condenado", garantiu.