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Paris/Exposição

História do joalheiro Cartier é tema de exposição em Paris

Abre suas portas nessa quarta-feira, 4 de dezembro, no museu do Grand Palais, em Paris, a exposição Cartier – O estilo e a história. A mostra retraça a trajetória do joalheiro que seduziu algumas das personalidades mais sofisticadas e exuberantes do século 20.

A exposição sobre Cartier vai até 16 de fevereiro em Paris.
A exposição sobre Cartier vai até 16 de fevereiro em Paris. Grand Palais
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O que tem em comum Elizabeth Taylor, a princesa Grace de Mônaco e Wallis Simpson, a duquesa de Windsor ? Além de terem entrado para a mitologia contemporânea ao protagonizar histórias de amor que seduzem românticos pelo mundo afora, todas exibiram, em um momento de suas vidas, uma peça fabricada pela Cartier. Mas as clientes célebres do famoso joalheiro francês são apenas um dos atrativos da exposição que abre suas portas nessa quarta-feira no salão de honra do museu do Grand Palais, em Paris. A mostra, que reúne cerca de 600 peças de joalheria, objetos, relógios, fotos, desenhos e vídeos, é um verdadeiro testemunho de um universo repleto de proezas artísticas e artesanais, mas também de um mundo de sofisticação e exuberância que muitos afirmam ter desaparecido.

Aproveitando a moda atual das grandes marcas de luxo, que decidiram transformar seu patrimônio em uma ferramenta de comunicação, com exposições cada vez mais extraordinárias, o joalheiro parisiense criado em 1870 mostra que também tem muita história para contar, bem além das famosas clientes. E isso é perceptível desde a primeira sala, onde coroas, diademas e tiaras cravadas de diamantes formam uma espécie de carrossel hipnotizante. Não é à toa que em 1902 Eduardo VII da Inglaterra declarou que Cartier era “o joalheiro dos reis e o rei dos joalheiros”.

Além das cabeças coroadas, o percurso também atesta que a marca sempre foi uma espécie de ponto de passagem obrigatório das grandes fortunas do planeta. Sejam os nobres europeus, os tzares russos, os marajás indianos ou as elegantes herdeiras norte-americanas. Mas as estrelas são mesmo as peças expostas. Gostando ou não de seu estilo, como não ficar impressionado ao ver de perto o colar em forma de crocodilo encomendado em 1975 pela atriz mexicana Maria Félix, musa de Jean Renoir e Luis Buñuel, que levou para a loja parisiense um filhote do réptil, vivo, para explicar aos artesãos o que queria. Ou ainda um exemplar da tiara de diamantes Halo, que a rainha Elizabeth II emprestou para Kate Midletton em seu casamento com o príncipe Willians. Rubis, safiras e esmeraldas de todos os tamanhos pontuam o percurso dentro do grande salão, que foi decorado com projeções no teto, tão preciosas quanto as pedras expostas.

Ao sair da mostra, o visitante tem a sensação de ter vivido um sonho, no qual palavras como crise ou recessão são inexistentes. O único indício de que o mundo real não está muito longe é o impressionante sistema de segurança instalado no prédio histórico. Afinal, raramente tantas preciosidades são expostas em um mesmo lugar e ao mesmo tempo. A exposição Cartier – O estilo e a história vai até o dia 16 de fevereiro de 2014. 

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