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França/Política

Ex-assessor gravava escondido reuniões de Sarkozy

Um novo escândalo de gravações clandestinas abala a imagem do ex-presidente Nicolas Sarkozy. O jornal satírico francês Le Canard Enchainé revelou que um conselheiro do ex-presidente, Patrick Buisson, gravou reuniões estratégicas durante os 5 anos de governo e da campanha presidencial do ex-chefe de Estado. Buisson usava um aparelho escondido no bolso do paletó. Os participantes das reuniões não sabiam que as conversas eram gravadas.

Patrick Buisson, ex-conselheiro de Nicolas Sarkozy, em outubro de 2012.
Patrick Buisson, ex-conselheiro de Nicolas Sarkozy, em outubro de 2012. AFP PHOTO MIGUEL MEDINA
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O Le Canard Enchainé publica em sua edição desta quarta-feira (5) trechos do conteúdo de uma das gravações - uma reunião realizada em fevereiro de 2011 em que Sarkozy e seus assessores discutem uma reforma ministerial.
Além de Sarkozy e Buisson, estavam presentes no encontro o conselheiro especial do ex-presidente, Henri Guaino, o conselheiro de Comunicação, Franck Louvier, o publicitário Jean Michel Goudard e o responsável por sondagens, Pierre Giacometti.

Ação por difamação

No início de fevereiro, a revista Le Point havia revelado as gravações de Buisson, mas sem oferecer provas. A publicação afirma que Buisson teria gravado “horas e horas de reuniões estratégicas”, principalmente relacionadas com a campanha presidencial de 2012.

Na época, o ex-conselheiro de Sarkozy entrou com uma ação contra a revista por difamação, contestando a informação de que teria usado as gravações de maneira clandestina, desonesta e sistemática. Mas diante de novas evidências, o advogado de Buisson confirmou ontem a autenticidade das gravações e disse que elas eram usadas para preparar futuras reuniões e depois eram destruídas.

“Buisson, um interlocutor essencial nas reuniões, não podia tomar notas, ele usava as gravações para preparar a reunião seguinte”, explicou à agência Reuters o advogado Gilles-William Goldnadel.Ele lamentou que algumas gravações tenham sido roubadas e, segundo ele, “usadas de maneira extravagante e perversa”.

O escândalo está sendo chamado de Sarkoleaks. O ex-presidente ainda não comentou o caso.

 

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