Dois policiais franceses são indiciados por estupro coletivo de turista canadense em Paris
Dois policias franceses foram indiciados neste domingo (27) pelo crime de estupro coletivo de uma turista canadense de 34 anos. A agressão, ocorrida na semana passada, chocou os franceses por ter acontecido no edifício-sede da Polícia Judiciária (PJ) parisiense. O governo francês qualificou o caso de "grave" e pediu "firmeza" à justiça.
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Durante os interrogatórios, um dos policiais indiciados pelo estupro da turista canadense admitiu que manteve uma relação sexual com a denunciante, mas disse que o ato foi consentido. O segundo indiciado alega inocência. O Ministério do Interior anunciou que os dois policiais foram suspensos de suas funções. Um terceiro policial envolvido no caso será ouvido como testemunha no processo. Um quarto policial, que estava sob custódia desde quinta-feira, foi libertado sem acusações.
Tudo começou na madrugada de quarta-feira em um bar irlandês no Quartier Latin, em Paris, bastante frequentado por policiais. Foi lá que quatro policiais da Brigada Antigangue de Paris encontraram a turista canadense. Depois de tomar alguns drinques, os homens a convidaram para conhecer a sede do Palácio de Justiça, que fica do outro lado do rio Sena.
Algum tempo depois, em estado de choque, a mulher deixou o local e contou a um policial de plantão que havia sido estuprada. Uma queixa foi dada imediatamente na delegacia da quarta circunscrição de Paris. Os quatro suspeitos foram detidos para interrogatório na quinta-feira (24).
Exames médicos
A turista canadense chegou ao país de férias em meados de abril. Depois da agressão, ela fez os primeiros exames para a retirada de amostras de DNA, mas os resultados das análises ainda não foram divulgados.
Foram realizadas igualmente batidas nas casas dos policiais e os investigadores também estiveram no local do suposto estupro.
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