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Nigéria/França

França envia especialistas à Nigéria para ajudar em caso de estudantes raptadas

Uma missão de franceses especialistas em informações “humanas e técnicas” chegou neste sábado (10) à Nigéria, para participar das buscas de mais de 200 estudantes sequestradas pelos extremistas muçulmanos do grupo Boko Haram. A informação foi divulgada pelo Palácio do Eliseu, sede da presidência francesa.

Manifestação em Londres (9/5/14)  pede libertação de estudantes nigerianas.
Manifestação em Londres (9/5/14) pede libertação de estudantes nigerianas. REUTERS/ Olivia Harris
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Técnicos em observação e análise de imagens também fazem parte da missão, que poderá ser ampliada em caso de necessidade, informou a equipe do presidente François Hollande. “O envio de especialistas franceses nessas áreas responde ao apelo feito pelo presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, em uma conversa telefônica, com o presidente da República, no último dia 7”, segundo o Eliseu.

O Boko Haram atacou uma escola de Chibok, no nordeste da Nigéria, no dia 14 de abril, e raptou 276 adolescentes, das quais 223 ainda continuam nas mãos dos extremistas, segundo a polícia nigeriana.

Mobilização

Após uma relativa indiferença inicial das autoridades e da comunidade internacional, a mobilização das famílias das meninas e a reivindicação na segunda-feira do chefe do Boko Haram, Abubakar Shekau, de que iria “vender” e “escravizar” as estudantes, conseguiram finalmente comover o mundo e suscitar a solidariedade internacional.

Especialistas americanos e britânicos já estão na Nigéria para ajudar nas buscas. A China ofereceu compartilhar informações de seus serviços secretos e satélites.

Diante das críticas de que a resposta do governo tem sido lenta, o exército nigeriano informou que duas divisões foram convocadas para o caso. Os soldados estão na região de fronteira perto de Chade, Camarões e Níger, para trabalhar com outras agências de segurança, disse o general Chris Olukolade, porta-voz da sede da Defesa.

A primeira-dama americana, Michelle Obama, é uma das principais personalidades envolvidas na campanha internacional que pede a volta das estudantes. Substituindo o presidente Barack Obama no pronunciamento semanal de rádio , Michelle declarou que está “indignada” com os sequestros.

Graça Machel, viúva de Nelson Mandela, também fez um apelo por um maior empenho do governo nigeriano e da comunidade internacional para libertar as jovens.

 

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