Greve de trens ameaça realização das provas do vestibular na França
O terceiro dia de greve dos ferroviários franceses causa transtornos à população. Dos trens de subúrbio na região parisiense, 60% das linhas são afetadas pela greve. No plano nacional, de 30% a 40% dos trens-bala não estão circulando. Segundo balanço da estatal ferroviária SNCF, na manhã desta sexta-feira (13), a adesão à paralisação era de 17,49% dos trabalhadores, contra 22,64% no segundo dia do movimento.
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Dois sindicatos fortes na categoria, CGT e Sudrail, convocam os trabalhadores a intensificar a paralisação. Nenhuma negociação está prevista com a direção da SNCF.
O presidente François Hollande declarou hoje que a greve "tem de parar". O movimento ameaça as provas do BAC, o vestibular francês, que começa na segunda-feira e tem 687 mil candidatos inscritos em todo o país. "Chega um momento em que é preciso saber suspender um movimento e ser consciente dos interesses de todos", afirmou Hollande.
A Confederação de Pequenas e Médias Empresas (CGPME) critica a greve dos ferroviários, afirmando que a França não dispõe, atualmente, dos meios econômicos para suportar mais dias de paralisação. Em comunicado, a entidade patronal pede o fim da greve que "custa centenas de mihões de euros por dia" ao país.
A categoria protesta contra um projeto de lei que será debatido, a partir da semana que vem, na Assembleia Nacional. O projeto do Executivo prevê a fusão das duas empresas que administram a rede ferroviária francesa (SNCF e RFF), visando estabilizar a dívida do setor, atualmente estimada em 44 bilhões de euros (132 bilhões de reais) e preparar sua abertura total à concorrência.
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