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França/Estado Palestino

Parlamentares franceses aprovam proposta de um Estado Palestino

A Assembleia Legislativa francesa adotou nesta terça-feira (2), com ampla maioria, uma resolução proposta pelos socialistas a favor do reconhecimento do Estado da Palestina. O texto tem valor simbólico e visa pressionar a comunidade internacional para retomar as negociações e obter uma “solução definitiva” do conflito, de acordo com o governo francês. Para Israel, a iniciativa francesa é um "erro grave", uma decisão unilateral que só agrava a situação.

Assembleia francesa aprova moção por reconhecimento do Estado da Palestina.
Assembleia francesa aprova moção por reconhecimento do Estado da Palestina. REUTERS/Charles Platiau
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Apesar da oposição explícita dos partidos de direita, os deputados aprovaram, por 339 votos contra 151, a sugestão para que o governo francês reconheça o Estado da Palestina. Os parlamentares de esquerda votaram em peso a favor, com algumas exceções.

O ministro palestino das Relações Exteriores, Riyad al-Malki, agradeceu o parlamento e o povo francês. O governo israelense classificou a iniciativa francesa de "erro grave" e disse que se trata de uma decisão unilateral, que só agravará a situação.

Os parlamentos britânico e espanhol já adotaram uma resolução similar. Mesmo sem valor jurídico e institucional, o documento é um reflexo do posicionamento dos governos europeus. O texto francês é uma proposta da maioria socialista e deverá ser adotada apesar da oposição de direita.

Em outubro, os israelenses já haviam criticado a decisão da Suécia, que se tornou o 135° país a reconhecer oficialmente o Estado da Palestina. A iniciativa dos deputados franceses integra um movimento global na Europa que considera esse reconhecimento como um maneira de relançar o processo de paz e "ressuscitar a solução dos dois Estados."

Conselho de Segurança

Os representantes palestinos pretendem submeter um texto ao Conselho de Segurança da ONU pedindo o fim da ocupação israelense em novembro de 2016. O projeto, que tem o apoio da Liga Árabe, pode sofrer o veto dos Estados Unidos. Caso a iniciativa falhe, a Autoridade Palestina pretende solicitar a adesão a diversas organizações internacionais, entre elas, o Tribunal Penal Internacional.
 

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