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Acidente/Germanwings

Justiça francesa abre investigação por homicídio em acidente da Germanwings

A justiça francesa abriu nesta quinta-feira (18) uma investigação por homicídio culposo no acidente do avião da companhia Germanwings, nos Alpes franceses, que deixou 150 mortos. O promotor de Marselha, Brice Robin, havia anunciado a intenção de abrir a investigação na semana passada, após um encontro em Paris com parentes das vítimas. 

O procurador de Marselha, Brice Robin (à direita), revelou que Andreas Lubitz consultou 41 médicos em cinco anos.
O procurador de Marselha, Brice Robin (à direita), revelou que Andreas Lubitz consultou 41 médicos em cinco anos. AFP PHOTO / STEPHANE DE SAKUTIN
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O Airbus A320 foi lançado contra os Alpes no dia 24 de março pelo copiloto alemão Andreas Lubitz, e provocou a morte de todas as pessoas a bordo, incluindo 72 alemães e 50 espanhóis.

A investigação aberta na justiça francesa não é direcionada, por enquanto, contra nenhuma pessoa física ou jurídica. Três juízes serão nomeados, nos próximos dias, para cuidar do caso. Eles vão tentar determinar como o copiloto da Germanwings pôde ter sido autorizado a voar no dia do acidente, apesar de seus conhecidos problemas de saúde. Logo após a catástrofe, investigadores alemães descobriram, no apartamento de Lubitz, atestados médicos de incapacidade para o trabalho no dia do acidente e em datas próximas. O copiloto escondeu a proibição da companhia.

Copiloto teve sete consultas médicas em um mês

Na semana passada, o promotor de Marselha explicou que Lubitz sofreu uma depressão em 2008 e 2009 e estava "preocupado com sua saúde". Ele consultou 41 médicos em cinco anos. No mês anterior ao acidente, Lubitz teve sete consultas: com um clínico geral, fez três visitas a um psiquiatra e três visitas a um otorrinolaringologista. "O copiloto, preocupado com sua saúde e que tinha medo de perder a vida, sofria de uma psicose acompanhada de problemas de visão sem resultados orgânicos", relatou Robin. Na ocasião, o promotor recordou que o direito francês "proíbe abrir uma investigação judicial por assassinato se o autor faleceu".

Stéphane Gicquel, presidente da Fenvac, federação francesa de vítimas de acidentes coletivos, disse que, segundo deduziu das explicações do procurador de Marselha, serão investigados os erros da Lufthansa no momento de detectar os problemas de saúde de Lubitz.

Corpos devem ser repatriados até o final de junho

Os restos mortais de 32 vítimas espanholas do acidente com o avião da Germanwings foram repatriados de Marselha para Barcelona na última segunda-feira (15). Chegando à capital da catalunha, os corpos de onze vítimas foram diretamente para locais onde os familiares decidiram realizar os funerais; os outros 21 foram transferidos para espaços individuais de velório, habilitados no aeroporto.

O voo especial da companhia Lufthansa, do qual a Germanwings é filial, foi o segundo em uma semana depois do que repatriou 44 vítimas alemães do acidente a Dusseldorf. A Lufthansa quer terminar a repatriação dos corpos até o fim do mês de junho.

(Com informações da AFP)

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