FIFA suspende Blatter e Platini por 90 dias
O presidente da FIFA, Sepp Blatter, e o presidente da UEFA, Michel Platini, foram suspensos por 90 dias pelo Comité de Ética do organismo que rege o futebol mundial. Um “cartão amarelo” aos dirigentes desportivos na sequência do escândalo de corrupção que abala a FIFA desde Maio.
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O presidente da FIFA Sepp Blatter e o homem que era apontado como o favorito para lhe suceder, Michel Platini, foram suspensos por 90 dias, mas podem ficar “fora de jogo” por mais um período de 45 dias.
Também o secretário-geral da FIFA, o francês Jérôme Valcke, foi suspenso por 90 dias, enquanto o sul-coreano Chung Mong-Joon, antigo vice-presidente da FIFA - e que também já assumiu a candidatura à sucessão de Blatter - foi suspenso por seis anos e multado em 100.000 francos suíços (perto de 91.000 euros).
Este é mais um episódio no escândalo de corrupção que abala a FIFA desde Maio. Sepp Blatter, de 79 anos, passa a ser substituído, provisoriamente, pelo camaronês Issa Hayatou, presidente da confederação africana – o qual também foi colocado em causa pela comissão de ética do Comité Olímpico Internacional em 2011 por alegado conflito de interesses.
No mês passado, a justiça suíça instaurou um processo penal a Blatter por suspeitas de corrupção durante a venda ao presidente da Federação das Caraíbas, Jack Werner, de direitos de transmissão televisiva nos Mundiais de 2010 e 2014 a um preço supostamente muito abaixo do preço do mercado e pela alegada transferência de dois milhões de francos suíços (1,8 milhões de euros) a Michel Platini em 2011.
Michel Platini confirma candidatura à FIFA
Esta manhã, antes do anúncio da suspensão, Michel Platini voltou a declarar-se inocente, em comunicado, e confirmou que vai ser candidato à presidência da FIFA nas eleições marcadas para 26 de Fevereiro de 2016.
Porém, se a suspensão for prolongada por mais 45 dias, o presidente da UEFA e antigo internacional francês não vai poder voltar às lides futebolísticas antes de 20 de Fevereiro, ou seja, apenas uma semana antes da eleição para a liderança da FIFA.
Entretanto, a presidência da UEFA deverá ser assumida interinamente pelo presidente da federação espanhola. Angel Maria Vilar teria sido alvo, segundo a France Presse, de um inquérito interno na FIFA por alegadas infracções ao código de ética durante a candidatura comum de Espanha e de Portugal para o Mundial 2018, que acabou por ser atribuído à Rússia.
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