Maiote protesta contra violência e insegurança

Uma nova iniciativa de protesto bloqueou hoje de manhã a ilha francesa de Maiote, no Oceano Indico, não muito longe de Moçambique.

Ilha de Maiota RFI/Pierre René-Worms

Depois de duas semanas de greve geral, Maiote parou novamente para assinalar uma acção chamada "ilha morta".

A iniciativa cidadã foi lançada nas redes sociais por um conjunto de cidadãos para denunciar a violência e a insegurança crescente neste distrito ultramarino francês.

Durante várias horas a ilha parou e milhares de pessoas participaram numa marcha pacífica, que começou por convergir para a praça central e que se deslocou até a sede do poder distrital, na parte alta da cidade de Mamoudzou.

A capital de distrito é uma das cidades francesas com maior taxa de criminalidade. Segundo estatísticas oficiais, os casos de violência contra as pessoas aumentaram de 50% em 2015.

Mayotte só passou de território a distrito ultramarino em 2009. Em 2012, o recém-eleito François Hollande prometeu um investimento importante do Estado francês para o desenvolvimento da ilha, situada a 8000 km da metrópole.

Há duas semanas, foi lançada uma petição para pedir novamente ao Presidente francês que garantisse um "desenvolvimento sustentável" no distrito para evitar que sua juventude tenha que "emigrar para ter uma vida condigna". Hoje de manhã, cerca de 10% da população de Maiote tinha assinado o pedido.