O poder da improvisação no dia internacional do Jazz

Esta semana, a caravana do triocollectif instalou-se na associação La Générale, em Paris. O espaço-laboratório experimental de música que voltou a receber um nova edição do festival de música Jazz Tricot que termina esta noite.

Guitarrista português, Marcelo dos Reis RFI

Nesta edição do festival música Jazz Tricot o palco voltou a ser entregue à nova geração de jazz livre com concertos, mas também com encontros improvisados.

Durante uma semana tudo acontece em três tempos; primeiro o encontro, depois a criação seguidos pela apoteose, o espectáculo.

Entre cada concerto o público é convidado a jantar ou jogar ping-pong. O espaço para a improvisação está criado; do mais minimal ao eléctrico ou ainda ao momento mais excêntrico - tudo é possível.

É na antiga central eléctrica no número 14 da avenida Parmentier, no 11° bairro de Paris que tudo acontece.

A cena foi ocupada na quinta-feira à noite pelo quarteto luso-francês "Chamber 4", o guitarrista português Marcelo dos Reis realçou a improvisação que sustentou o concerto dessa mesma noite;"a música é completamente improvisada sendo que este grupo já toca há alguns anos junto, ou seja, acabam por haver sempre algumas pontas e conexão na relação e interacção", destacou Marcelo dos Reis.

As várias fases na improvisação

"O desafio da música improvisada é exactamente esse porque as pessoas têm o seu background e cada uma traz um pouco daquilo que é para cima do palco tentando encontrar algo nesta linguagem que não é convencional e torna isto um desafio. A música acaba por ser sempre diferente todas as noites. Esse é o maior campo de interesse que há em fazer música, tentar encontrar sempre novos caminhos e linguagens em grupo."

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Guitarrista português, Marcelo dos Reis

Robin Mercier, membro do colectivo triocolectif, explicou-nos o espaço de improvisação que sustenta este festival de música Jazz Tricot; "é a ideia de construir várias ideias que se cruzam para construir um espaço, uma paisagem, um filme ou várias emoções. Organizamos este festival noutras cidades francesas, em Nova Orleães. Esta é a quinta edição em Paris que está sempre a crescer".

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Membro do colectivo triocolectif, Robin Mercier