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Política/França

França: François Hollande volta à siderurgia de Florange

François Hollande voltou discretamente à unidade siderúrgica Arcelor-Mittal de Florange,na regiao de Moselle, leste da França, onde 2013, ele tinha prometido tudo fazer para que a produção não fosse encerrada defintivamente; Segundo os analistas, o receio de um confronto com os sindicatos hostis ao encerramento da siderurgia de Florange e a repercussão das suas confidências publicadas no livro "Un Président ne devrait pas dire ça..." fizeram com que o Chefe de Estado francês, optasse por uma visita sem alarde.

O Presidente François Hollande com  os  assalariados de Arcelor-Mittal em Florange.24 de Novembro  de  2014
O Presidente François Hollande com os assalariados de Arcelor-Mittal em Florange.24 de Novembro de 2014 REUTERS/Philippe Wojazer
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 François Hollande foi acolhido em Florange pela CFDT e a CFE-CGC, os dois sindicatos maioritários na unidade siderúrgica, situada no leste da França. Os jornalistas não assistiram ao encontro entre o Presidente e os representantes das duas organizações sindicais . A CGT, sindicato hostil à François Hollande que tinha reunido pela manhã algumas dezenas de militantes para denunciar "as promessas não cumpridas" pelo Chefe de Estado francês não participou na recepção do presidente.

 Este último deslocou-se à Florange, para informar que não obstante o encerramento dos altos fornos em 2013, ele respeitou a totalidade dos compromissos efectuados no decurso da sua campanha para a presidencial de 2012. François Hollande, que segundo os analistas já está em campanha para 2017, afirmou que cumpriu as suas duas promessas, preservar a produção da unidade de Florange e evitar os despedimentos. Numa entrevista concedida à um jornal, François Hollande declarou que os 650 assalariados que trabalhavam nos altos fornos foram reclassificados noutros sectores de Florange.

 O Presidente francês sublinhou que obteve da parte do grupo Arcelor-Mittal, investimentos de um montante 180 milhões para a unidade siderúrgica de Florange. François Hollande, afirmou também que o Estado contribuiu com 20 milhões de euros para a criação de um centro de pesquisa sobre a siderurgia, na região de Lorraine.

 Todavia segundo a CGT, dos 180 milhões de euros disponibilizados por Arcelor-Mittam, apenas 53 milhões foram direccionados para investimentos estratégicos. Nada foi investido no domínio da manutenção das instalações assim como na sua segurança. O seu homólogo FO(Force Ouvrière) decidiu boicotar a visita de François Hollande, para protestar contra a nova lei do trabalho,bem como contra as promessas não cumpridas no respeitante à preservação dos altos fornos e  à nacionalização da unidade siderúrgica de Florange. Estes dois sindicatos tinham recusado assinar o acordo social concluído em Dezembro de 2012, entre a direcção de Arcelor-Mittal e a CFDT e a CFE-CGC.

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