Candidatura de Valls às presidenciais não convence a imprensa
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A política interna francesa com reacções ao anúncio do até ontem primeiro-ministro, Manuel Valls, à eleição presidencial de 2017, em França, domina as primeiras páginas dos jornais franceses nacionais.Valls candidato, Cazeneuve em Matignon, palácio do governo, é o principal título do vespertino, LE MONDE. A minha candidatura é a da reconciliação, declarou Valls, ao lançar a sua campanha às primarias.O candidato Valls faz olhinhos à esquerda, titula por seu lado, LE FIGARO. O primeiro-ministro que se demitiu esta terça-feira oficializou a sua candidatura às primárias refirmando a sua vontade de reconciliar a esquerda.Manuel Valls, maior divisor comum da esquerda, replica, L'HUMANITÉ. O primeiro-ministro, que não cessou de fustigar o seu próprio campo, transformou-se ontem em candidato. Ele teorizou as duas esquerdas, irreconciliáveis, mas agora diz querer unir o seu campo fracturado de todos os lados, nota L'HUMANITÉ.Segunda esquerda procura um segundo fôlego, titula LIBÉRATION. A candidatura de Manuel Valls, anuncia-se complicada numa altura em que a social democracia europeia é golpeada sem parar.No internacional, LE MONDE dá relevo ao Brasil e a suspensão de Renan Calheiros, das suas funções de presidente do Senado, uma semana depois da sua acusação no escândalo de corrupção, Lava Jato.A confirmar-se a sua saída, é de novo a destabilização da vida política brasileira sacudida há vários meses entre 2015 e meados do ano passado pela destituiçao polémica da presidente, Dilma Roussef , nota LE MONDE.Sobre a África, LE MONDE, dá destaque à Líibia, sete meses depois dos combates as milícias escorraçaram os terroristas do estado islâmico de Syrte. No entanto, quase definitiva, a vitória contra os jiadistas não reforça de modo nenhum o primeiro-ministro, Faiez Sarraj. Foram milícias e não um exército que venceu o estado islâmico e elas saberão recordar isto ao primeiro-ministro, Sarraj, sublinha LE MONDE.