Nesta Imprensa semanal francesa os habituais especiais de fim-de-ano e perspectivas como uma nova África, da América cínica do Obama à América do turbulento Trump, funcionários e segredos de campanha em França ou os 60 anos da revolução de outubro soviético de 1917.A nova África, é a capa da JEUNE AFRIQUE, que num especial de 14 páginas passa em revista temas relacionados com as ciências, cultura, negócios, desportos, tendências tecnológicas, digamos, retrato de um continente descomplexado, enérgico, criativo, optimista e globalizado.Todos os peritos internacionais estão de acordo em afirmar que a África será o continente do futuro. Mas já não é o caso? Entre um Ocidente tentado a reconstituir o seu passado hegemónico e um Oriente mergulhado num presente difícil, a África parece conjugar o presente e o futuro, impressiona pela inventividade e sua creatividade.É uma nova África em marcha e nada a vai parar, sublinha a JEUNE AFRIQUE, que fornece exemplos de vários actores dos diferentes sectores cultural, social, económico ou diplomático. Um desses exemplos, no mundo afro-lusófono, é o guineense Carlos Lopes, que durante 4 anos anos esteve à frente da Comissão económica da ONU para a África e marcou o mundo económico africano, defendendo a sua transformação económica e industrialização.Numa outra passagem, a mesma JEUNE AFRIQUE, destaca Angola, uma mulher num mundo de bruto(s), [trocadilho entre petróleo bruto e homem bruto?] referência a Isabel dos Santos, filha do Presidente angolano que foi nomeada em junho PCA da Sonangol."Quero fazer de Sonangol uma empresa muito rentável", declarou Isabel dos Santos, numa das suas raras entrevistas aos mídias, no caso ao Financial Times, citado pela JEUNE AFRIQUE, que continua: há seis meses que a filha de José Eduardo dos Santos, reestrutura a empresa deficitária, cujos lucros passaram entre 2013 e 2015, de 3 mil e 200 milhões de euros para 400 milhões de euros.Por cá em França, l'EXPRESS, faz um especial das presidenciais de 1965 a 2012, sobre os segredos de campanhas, os pequenos golpes e astúcias dos pretendentes ao Palácio do Eliseu.Já LE POINT, faz a sua capa com Funcionários, para acabar com as asneiras. A função pública e os seus 5,5 milhões de funcionários estão no coração do debate da campanha presidencial de 2017.É a caça às despesas públicas e para dinamizar a economia francesa, o candidato da direita, François Fillon, quer economizar cerca de 1 bilião de euros em 5 anos. Na realidade, uma tal cura não permitirá estabilizar toda esta massa monetária.É ainda o mesmo LE POINT, que no internacional, escreve sobre os Estados Unidos, para sublinhar que Barack Obama nao é um grande Presidente e foi a sua passividade sorridente que criou o monstro Donald Trump.Demasiado narcisista para se interessar pelo mundo, excepto Washington, Obama falhou o seu grande encontro com a História e com ele ultrapasaram-se todos limites do cinismo. Obama não deixará saudades!Estados Unidos, no coração da fachosfera de Trump, pertence ao COURRIER INTERNATIONAL, que declina os nacionalistas, supremacistas brancos, neonazis, neo-reaccionários, paleo-libertarianos, islamófobos, que querem tirar partido da vitória do futuro presidente dos Estados Unidos.Enfim, L'OBS, que titula sobre o ano que pôs tudo de pernas para o ar, 1917 e a revolução bolchevique. Durante mais de 60 anos, os soviéticos celebraram como um momento heróico essa revolução, que factualmente, foi um simples golpe de estado contra um poder agonizante de fevereiro de 1917.
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