Esposa de candidato presidencial suspeita de “emprego fictício”
A procuradoria financeira francesa anunciou, hoje, a abertura de um inquérito sobre um alegado “emprego fictício” da esposa de François Fillon, quando este era deputado. A suspeita foi noticiada pelo jornal satírico Le Canard Enchaîné.
Publicado a: Modificado a:
O candidato de Os Republicanos às eleições presidenciais, François Fillon, vê a sua campanha manchada pela polémica criada pelo semanário Le Canard Enchaîné.
Na sequência da notícia, a procuradoria financeira francesa anunciou, hoje, a abertura de um inquérito sobre as suspeitas que a esposa de François fillon, Pénélope, tenha usufruído de um alegado “emprego fictício” como assistente parlamentar do marido.
O inquérito foi aberto por “desvio de fundos públicos, abuso de bens sociais”.
Esta quarta-feira, o Le Canard Enchaîné revelou que Pénélope Fillon foi colaboradora parlamentar do marido, algo que ninguém sabia, segundo o jornal. “No total, Pénélope recebeu 500.000 euros brutos das caixas parlamentares", escreveu o jornal.
Empregar familiares como colaboradores na Assembleia ou no Senado não é proibido, desde que não se trate de um “emprego fictício”, mas o jornal emite dúvidas sobre a realidade do trabalho da esposa do antigo primeiro-ministro.
Segundo o "Canard", Penelope Fillon foi assistente parlamentar de François Fillon entre 1998 e 2002 quando ele era deputado da região de Sarthe, e, entre 2002 e 2007 teria sido assistente do deputado que substituiu o marido quando este entrou no governo. Em 2012, ela teria sido remunerada “durante seis meses, pelo menos” quando o marido voltou a ser deputado.
Thierry Solère, porta-voz de François Fillon, disse à AFP que Penelope Fillon foi « realmente colaboradora de François Fillon ».
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro