Grande-Synthe: depois do incêndio a incerteza
Os 1500 migrantes que estavam albergados na localidade de Grande-Synthe, norte de França, vivem momentos de incerteza no que diz respeito ao seu futuro, depois de um violento incêndio ter destruído as instalações, depois de uma rixa intercomunitária.
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De acordo com voluntários, perto de 70% do campo de migrantes ficou destruído, sem capacidade para albergar as pessoas que ali se encontravam. Três ginásios foram requisitados de urgência de forma a acolher temporariamente uma parte dos migrantes agora sem tecto. Todavia não conseguem albergar mais de 500 pessoas.
O Governo já ordenou a mobilização de forças de segurança para o terreno de forma a garantir a ordem pública do local.
Na origem do incêndio esteve uma rixa entre migrantes afegãos e curdos. As labaredas consumiram a maior parte das 300 casas em madeira construídas no início de 2016, segundo as autoridades. Pelo menos 6 pessoas ficaram feridas, três em estado grave.
"As tensões no seio deste campo de migrantes aumentaram com o desmantelamento de Calais e consequentemente a sobrepopulação deste”, referiu, em declarações à AFP, Pierre Henry, director geral da associação France Terre d’Asile.
De relembrar, que o campo de migrantes de Calais, conhecido por "selva", foi desmantelado pelas autoridades francesas em Outubro de 2016.
O campo de Grande-Synthe situa-se na estrada entre Dunkirk e Calais.
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