França : Valls quer candidatar-se pelo movimento de Macron

Manuel Valls anunciou, na manhã desta terça-feira, que vai ser candidato às eleições em Junho, ao lado de Emmanuel Macron, o presidente eleito de França, que tomará posse no próximo domingo.

REUTERS/Charles Platiau

Numa entrevista à rádio francesa RTL, o antigo primeiro-ministro garantiu que vai ser candidato da maioria presidencial e que se quer inscrever no movimento de Emmanuel Macron, agora designado por La République em Marche (A República em Marcha).

Manuel Valls assegura que continua a ser um “homem de esquerda” e “socialista”. O Governante acrescentou que “não reneguei 30 anos de compromisso da minha vida política. Porque também exerci responsabilidade, sei que governar a França é difícil”.

Sobre a sua antiga família política, Partido Socialista, Valls foi peremptório: "este Partido Socialista está morto" e isso, segundo ele, "está à vista de todos". O PS terá agora segundo o ex-chefe do Governo francês de “fazer uma balanço”, olhar para trás e “decidir o caminho para o futuro”.

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Manuel Valls 09.05.2017

Manuel Valls acrescenta que neste momento, o importante é “dar uma maioria clara e coerente a Emmanuel Macron para que ele possa governar".

A resposta mordaz de Benjamin Griveaux, porta-voz do movimento Em Marche!

Poucos minutos depois das palavras de Manuel Valls, na radio francesa Europe 1, a resposta de Benjamin Griveaux, porta-voz do movimento Em Marche!: o antigo primeiro-ministro não foi investido pela comissão nacional de investidura, “ou então a sua candidatura escapou-me”.

Christophe Castaner, porta-voz de Emmanuel Macron durante a campanha presidencial, chegou a admitir que Manuel Valls teria hipóteses de ser investido, mas ressalvou que ele estaria errado ao afirmar que teria já a certeza de ser candidato do partido.

La République en Marche, o novo nome do movimento En Marche !, deve apresentar quinta-feira a lista dos seus 577 candidatos investidos para as eleições legislativas. Neste momento, segundo o presidente da comissão de investidura Jean-Paul Delevoye, os nomes de 500 candidatos já estão fixados.