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França

Primeiro escândalo financeiro de ministro do Presidente francês

O novo Presidente francês, Emmanuel Macron, enfrenta o seu primeiro escândalo, envolvendo um dos seus ministros mais próximos, Richard Ferrand, suspeito, de privilegiar a mulher na aquisição de sociedade imobiliária, com ligações a Mutualidade, que dirigiu.

Richard Ferrand, ministro da Coesão do Territorial, suspeito de escândalo financeiro
Richard Ferrand, ministro da Coesão do Territorial, suspeito de escândalo financeiro REUTERS/Benoit Tessier
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 Emmanuel Macron, recentemente, eleito Presidente da França, enfrenta o seu primeiro escândalo político-financeiro, com um dos seus ministros mais fiéis, Richard Ferrand,  ministro da Coesão Territorial, suspeito de estar envolvido num escândalo financeiro do tempo em que era Director da Mutualidade de Bretanha.

O presidente francês, Macron, pediu esta quarta-feira, no conselho de ministros, solidariedade do governo ao ministro Richard Ferrand e separar o trigo do joio e da vexação a que é submetido o ministro pela imprensa.

Uma vez mais, foi o jornal satítico, Canard Enchainé, que despoletou o caso, como na altura dos empregos fictícios à mulher e filhos do candidato da direita, François Fillon, escrevendo que o actual ministro da Coesão Territorial, Ferrand, facilitou a mulher na aquisição de um bem ao tempo em que era director da Mutualidade.

O Presidente francês, disse mais: que os jornalistas não podem fazer o trabalho dos juízes, pelo que ele mantêm a sua confiança ao ministro, o que devem também fazer, os ministros do governo.

Aliás, também o primeiro-ministro, Édouard Philippe, declarou na rádio e televisão francesas, que o ministro, Ferrand, tem toda a sua confiança e fica no governo, recusando críticas da oposição, que pede a demissão de Richar Ferrand.

Este escândalo de corrupção, é muito criticado, pois, Emmanuel Macron, fez uma campanha presidencial centrada na moralização da vida público-política.

Quer o jornal Canard Enchainé, quer o jornal Le Monde, apresentam informações comprometendo o ministro. Para Enchainé, a aquisição de uma sociedade imobiliária, SCI, pela sua mulher, Sandrine Doucen, foi conseguida a bom preço, obtendo instalações de aluguer dependentes da Mutualidade, dirigida pelo marido.

O marido, Ferrand, agora ministro, mas que continuou a auferir salários da Mutualidade, mesmo depois de ter abandonado a direcção.

Por seu lado Le Monde, descreve o que chama "sistema Ferrand", que mistura géneros entre o público e o privado há mais de 20 anos.

O ministro Richard Ferrand, declarou por seu lado não se demitir, porque tem a sua "consciência livre e não foi indiciado pela justiça da República, sublinhando ter "uma missão muito importante de coesão territorial".

Segundo uma sondagem da Harris Interactive para a rádio RMC, 70 por cento dos franceses, consideram que o ministro devia demitir-se.

Isto acontece em plena campanha para as legislativas e quando o ministro da Justiça, François Bayrou, apresentara amanhã no conselho de ministros a proposta de lei de moralização da vida pública Educação, que depois será  debatida no Parlamento. 

Sobre a moralização, a justiça e solidariedade ao seu ministro, oiçamos, as declarações do primeiro-ministro francês, Édouard Philippe.

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Primeiro-ministro francês, Édouard Philippe

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