As capas dos newsmagazines franceses destacam assuntos de política, como a vitória de Macron nas presidenciais, ser mulher em França, estudar no estrangeiro, os Camarões ou o poder na Argélia.O semanário L'OBS, faz a sua capa com Entrevista choque, Onfray, o Imprecador, Intelectuais anti-Macron. Na entrevista, o filósofo francês, Onfray, afirma que Macron é um copo cheio de vazio e que tudo se fez para que ele ganhasse as presidenciais e ganhou.Na sua última obra, o filósofo, afirma que a eleição de Emmanuel Macron, foi orquestrada pelo sistema instalado da finança globalizada. A ironia, a crueldade e má fé, é tudo que nos resta, porque os políticos nos tiraram tudo. Ora, eu tenho em alta estima a democracia que é um jogo sério, nota o filósofo, Onfray.Em 2005, os franceses votaram contra a Constituição europeia, e mesmo assim, os políticos, nos impuseram o tratado, o que é uma negação da democracia.Agora, afirma ainda Onfray na entrevista ao L'OBS, considero que durante as eleições tudo se fez para que na segunda volta o candidato que fizesse frente a Marine Le Pen fosse obrigatoriamente um político liberal e que desta maneira fosse mecanicamente eleito. É assim que resumo este sistema. É a minha tese, sublinha Onfray, ao L'OBS.Por seu lado, LE POINT, faz também a sua capa com uma filósofa, Elisabeth Badinter, que lança um grito de alarme a propósito de mulheres de mini-saia que não podem circular em certos bairros muçulmanos de cidades suburbanas de Paris. Assédio sexual, sexismo, comunitarismo, ser mulher em França, temas analisados pela filósofa que denuncia uma regressao da condição da mulher neste país. Quando uma mulher me diz que não se sente à vontade em La Chapelle, arredores de Paris, é porque há algo que não bate certo.Uma referência a um caso de um café de pessoas de crença muçulmana, em S. Denis, arredores da capital, onde uma mulher foi mal recebida pelos homens quando entrou para beber um café e que lhe perguntaram o que estava a fazer num meio de homens em vez de estar em casa.Cada uma a sua capela, testemunha uma jovem nas páginas do LE POINT. São mulheres insultadas nas ruas e em La Chapelle-Pajol, as mulheres são uma espécie em vias de desaparecimento no coração de Paris.Regressando à filósofa, Elisabeth Badinter, pode-se ler criticando o político socialista Benoît Hamon, que garantia que cafés sem mulheres são uma tradição operária em França: Estão a brincar connosco, ele evocou a condição operária de há 70 anos. Depois disso, tivemos Beauvoir, Maio 68, aborto, divórcio ou a liberdade de circulação, sublinha a filósofa Badinter.Estudar no estrangeiro, é o destaque do CHALLENGES, que seleciona os melhores MBA's anível europeu e internacional. Os franceses são cada vez mais numerosos a tentar a aventura no Reino Unido, no Canadá ou nos Estados UnidosGraças ao programa Erasmus, vão estudar em Barcelona, Leiden, Haia ou Nova Iorque. Acrescenta-se a estas cidade um TOP30 dos melhores MBA's, com Harvard a ocupar o primeiro lugar, Stanford e Oxford, segundo e terceiro lugares ou por cá em França, que ocupa o quarto lugar, numa parceria com Singapura, nota o newsmagazine CHALLENGES.Em relação à África, a JEUNE AFRIQUE, faz a sua capa com Argélia, nos bastidores do poder. De Bumediene, passando por Chadli, até Bouteflika... é um testemunho privilegiado de meio século de história, que o general Rachid Benyelles, passa em revista nas suas Mémórias, com segredos de palácios e partes obscuras de acontecimentos-chave que moldaram o destino da Argélia.Enfim, AFRICA CONFIDENCIAL, que sobre os Camarões, se refere à ira dos anglófonos, que dizem ser discriminados pelo regime que reprimiu duramente nos últimos meses o movimento dessa categoria de camaroneses. Dirigida por um antigo primeiro-ministro anglófono, Peter Musonge, a Comissão nacional para a promoção do bilinguismo e do multiculturalismo, criada pelo Presidente Paul Biya foi instalada. Mas não deverá dissipar a amargura dos anglófono, vítimas de 5 meses de repressão e tão pouco promoverá a reconciliação, acrescenta AFRICA CONFIDENCIAL.
Ver os demais episódios
-
Relação França-África complica-se com morte de Déby
O destaque desta revista de imprensa semanal vai para a relação entre o Executivo francês, encabeçado pelo Presidente Emmanuel Macron, e os países africanos do Sahel, isto após a morte de Idriss Déby, Presidente do Chade.01/05/202106:44 -
Joe Biden inicia gestão para preparar mundo de pós-ultraliberalismo
Entre os focos de actualidade nos semanários, " a gestão de Joe Biden inspirada pelo New Deal de Roosevelt , a morte do chadiano Idriss Déby e as suas repercussões no Sahel, o Uganda de Yowere Museveni e a repressão, a corrida à conquista do espaço pelo sector privado,as chaves da imunidade colectiva frente a pandemia,e Brasil o Fukushima da pandemia”.23/04/202103:56 -
Movimento radical racialista americano, um novo totalitarismo
Abrimos esta Imprensa semanal, com LE POINT, que pergunta em capa até onde irão os racialistas para analisar o "wokismo"?, esse movimento radical racialista americano, um novo totalitarismo que nos vem da América invadindo Universidades, movimentos e associações ou centros de cultura em França.17/04/202104:31 -
Expansão de al-Shabab pode representar uma ameaça para África
Entre os focos de actualidade nas edições dos semanários estão, "os Al Shabab em África associados ao Daech, o fracasso da União Europeia na corrida às vacinas anti-Covid, as movimentações dos partidários de Emmanuel Macron com vista à eleição presidencial francesa de 2022, e interrogações sobre como evitar o declínio da França.09/04/202102:39 -
A "missão impossível de JLo", a história recente do Ruanda e Suez
Abrimos esta revista de imprensa semanal com Angola cujo panorama politico e económico é mencionado no Jeune Afrique. "A missão impossível de JLo", é deste modo que esta publicação se refere ao presidente angolano que segundo o Jeune Afrique "se encontra em plena maratona -dívida, privatizações, covid-19- sendo alvo de críticas, inclusive no seu próprio campo".02/04/202103:19