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Direito/França

França: perfil atípico de um agressor

Segundo as autoridades policiais francesas, o estudante argelino que atacou na terça-feira um agente da polícia com um martelo,no adro da catedral Notre-Dame de Paris, possui um perfil atípico do terrorista, que presta vassalagem ao grupo jiadista Estado Islâmico. O agressor de 40 anos de idade, era desconhecido pelos serviços de polícia até ter efectuado o ataque de terça-feira.

Notre-Dame de Paris, sob  guarda, após ataque a um agente da Polícia no adro da catedral.06.06.2017
Notre-Dame de Paris, sob guarda, após ataque a um agente da Polícia no adro da catedral.06.06.2017 REUTERS/Philippe Wojazer
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Nascido em Janeiro de 1977, Farid I. , o estudante argelino ,começou a fazer em 2014 um doutoramento em ciências da informação na Universidade de Lorraine, em Metz, no leste da França.

De acordo com o seu director de tese, Arnaud Mercier, que conheceu Farid I. em 2013, este último é completamente o contrário do que foi dito sobre ele, após o seu ataque ao polícia de 22 anos, que ele agrediu com um martelo.

Durante o seu acto, o argelino reivindicou ser "um soldado do califado", termo utilizado para designar o califado autoproclamado em Junho de 2014 pelo grupo Estado Islâmico.

 Para além do martelo, Farid I, estava também com duas facas de cozinha e no momento do seu acto de terror, gritou "faço em nome da Síria", sem dúvida uma referência à coligação militar internacional, em luta contra o Daech no Iraque e na Síria, da qual a França faz parte.

De acordo com as autoridades francesas, Farid I. nunca tinha mostrado sinais de radicalização anteriormente.O porta-voz do governo, Christophe Castaner, declarou que todos os indícios levam a crer, que a atitude do estudante argelino, confirma a tese de um acto isolado.

No âmbito do seu inquérito, a polícia apreendeu o telemóvel bem como outros aparelhos digitais, que se encontravam no apartamento do lar universitário,no  qual residia Farid I, em Cergy, no noroeste da região parisiense.

Segundo o diário popular sueco Expressen, Farid I. esteve casado com uma sueca até 2005.Ele  abdnonou o país escandinavo em 2013.

Numa ficha da rede social profissional Linked in, Farid I. afirma ter dirigido um jornal em Bejaïa , na Cabília , bem como ter trabalhado para o diário argelino El Watan, conhecido pela sua postura radicalmente anti-islamista. Farid I. que foi ferido por bala quando a patrulha de polícia reagiu no decurso do ataque do estudante argelino, encontra-se hospitalizado e a sua vida não está em perigo.

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