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FRANÇA

França: nova evacuação de campo de migrantes

Esta manhã as autoridades desalojaram mais de 2 700 migrantes que se tinham instalado no norte de Paris no bairro de La Chapelle. Não é a primeira vez que se procede à evacuação da área onde se concentram imigrantes clandestinos.

A polícia francesa evacua milhares de migrantes no bairo parisiense de la Chapelle, a 7 de Julho de 2017.
A polícia francesa evacua milhares de migrantes no bairo parisiense de la Chapelle, a 7 de Julho de 2017. REUTERS/Pascal Rossignol
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Foram recenseados 2 771 migrantes nesta operação de envergadura: a estes deveriam ser propostas soluções de alojamento provisório na região da capital francesa.

A evacuação decorreu de forma ordeira e implicou o encerramento dos eixos rodoviários circundantes.

Alguns migrantes vivem com ansiedade esta situação enquanto outros vêem nela uma esperança. Muitos deles são oriundos de África, alguns outros da Ásia.

A polícia tinha mobilizado para o local 350 efectivos enquadrados por forças especiais do grupo CRS.

A operação era tida como inevitável por o acampamento não ter parado de aumentar, com a consequente degradação das condições de vida (falta de médicos, por vezes nem água, nem comida, relatam os migrantes).

Por outro lado as autoridades denunciavam também "riscos importantes para a segurança e a saúde", tanto dos ocupantes como dos vizinhos.

Desde o desmantelamento da chamada "selva de Calais", no norte da França, porto de embarque de grande parte dos clandestinos rumo à Inglaterra, Paris tem-se tornado o maior centro de trânsito dos candidatos ao asilo.

Para Hermano Sanches, vereador na câmara municipal de Paris, a questão dos imigrantes de La chapelle, tem de ser vista e analisada a nivel nacional, mas também a nivel europeu, porque as câmaras municipais não dispõem dos meios necessários para a resolver localmente.

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Hermano Sanches, vereador da câmara municipal de Paris

Por outro lado a câmara de Paris inaugurara em Novembro um centro humanitário para migrantes. A edil, Anne Hidalgo, revelou nesta quinta-feira uma proposta de lei para o acolhimento e integração dos refugiados.

A ideia é evitar a saturação da capital a esse nível, viabilizando-se a criação de centros para migrantes nas grandes cidades francesas, para além de um fundo de acolhimento de emergência de migrantes, avaliado em 10 milhões de euros.

Aurélia Lassalle Marjorati, directora geral adjunta de da associação Emmaus solidarité regozija-se com esta proposta (tradução de Liliana Henriques).

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Aurélia Marjorati, directora geral adjunta Emmaus solidaire

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Por fim, a análise do jornalista, Pedro Viana, especialista de Migrações, que enquadra esta problemática, num contexto internacional, mesmo se diz, que a nível nacional, tem de haver vontade política, a exemplo, da vontade de associações de ajuda a imigrantes e refugiados.

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Pedro Viana, especialista de Migrações

 

 

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