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Revista de Imprensa

Projecto europeu de Macron, sofre com Alemanha fragmentada

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O projecto do presidente francês, Macron, para a Europa, ou as relações com a Alemanha, pós-eleições, dominam as primeiras páginas dos jornais franceses.LE MONDE, titula, o projecto europeu de Macron testado. O presidente da República, apresentou hoje a estudantes, da Sorbonne, o seu projecto de reforma europeia, que imprime uma nova dinâmica à União e reforça a zona euro, com um orçamento, um ministro e um Parlamento específicos.Mas, continua LE MONDE, estas reformas da euro-zona não são uma prioridade na Alemanha, mais preocupada com questões migratórias em Bruxelas. Os liberais do FDP e os Verdes, que Merkel, vê como parceiros para compor uma coligação, são contra tal evolução da Europa.Europa: o projecto de Macron, contrariado pelo escrutínio alemão. A visão do presidente francês deverá adaptar-se à chegada provável na coligação dos liberais que são hostis às ideias de Macron.No seu editorial, LE FIGARO, observa que, para Paris as notícias de Berlim não são excelentes. Uma Merkel IV enfraquecida, dependente de aliados euro-contrariados, e mordida na perna por opositores anti-Europa.Já se vê, nas batalhas de Bruxelas, o presidente Macron, ajudando Merkel, a esquivar-se dos petardos, gritando: "mãezinha, atenção à esquerda, atenção à direita", sublinha LE FIGARO, no seu editorial.Mudando de assunto, sobre a política interna alemã, LIBÉRATION, pergunta em título, porque é que a Alemanha mete água? Desigualdades crescentes, acolhimento de imigrantes, a extrema-direta apostou no medo para poder entrar no Parlamento, pondo em causa o modelo alemão.Temos agora uma Alemanha em plena crise identitária. A entrada em força da extrema-direita no Parlamento federal e as divisões no seio de todos os partidos, dos conservadores aos verdes, complicam a formação de uma coligação governamental liderada por Angela Merkel.Entre o leste e o oeste, à vista, vestígios do Muro de Berlim. Vendo para a posição da extrema-direita no mapa eleitoral, os resultados são flagrantes em Berlim oriental, capital da antiga RDA, com percentagens entre os 12% e os 27% dos votos, mas também de norte a sul da Alemanha unificada, entre os 8% e os 12%.Cerca de 30 anos depois da reunificação da Alemanha, as disparidades são marcantes entre as ex-RDA e República federal da Alemanha, sublinha LIBÉRATION.Por seu lado, LA CROIX, titula, Alemanha, as razões do mal-estar. Cartão vermelho para Merkel. O medo da desclassificação dos alemães esteve no coração da ascenção fulgurante do partido populista de direita.No seu editorial, um duro golpe, LA CROIX, nota que o presidente Macron, esperava um resultado que reforçaria o consenso pró-europeu na Alemanha e permitiria relançar rapidamente numerosos projectos, como a integração da zona euro e a Europa da defesa, mas os eleitores alemães, decidiram outra coisa diferente.Em relação à política social francesa, L'HUMANITÉ, denuncia, perigo nas casas para todos. Os condomínios de habitações sociais estão contra o plano de cortes do governo que atinge os mais frágeis, sublinha L'HUMANITÉ.Enfim, sobre a África, LIBÉRATION, refere-se à Etiópia, onde houve centenas de mortos em cenas de violência étnica.O governo etíope anunciou que centenas de pessoas morreram em confrontos relacionados com um conflito territorial entre dois grupos étnicos no sul do país, desde o começo de setembro.Os combates opuseram membros das etnias oromo e somali-le-long, ao longo da fronteira entre as suas zonas respectivas e provocaram ainda a fuga de 50 mil pessoas, nota LIBÉRATION. 

Primeiras páginas dos jornais franceses de 26 de setembro de 2017
Primeiras páginas dos jornais franceses de 26 de setembro de 2017 RFI
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