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França

Greve geral dos funcionários públicos franceses

Os sindicatos franceses apelaram à greve geral da função pública desta terça-feira contra a reforma do código do trabalho.

Funcionários protestam em várias cidades francesas contra o congelamento de salários.
Funcionários protestam em várias cidades francesas contra o congelamento de salários. REUTERS/Regis Duvignau
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Algumas escolas e creches estão fechadas neste dia de greve. O tráfego aéreo também está a ser afectado com a redução de cerca de 30% de voos com partida ou destino em certos aeroportos franceses. Os hospitais registam, igualmente, perturbações com a participação de médicos e enfermeiros à greve.

Os sindicatos franceses juntaram-se, esta terça-feira 10 de Outubro, para contestar a redução de 120 mil funcionários na administração pública, uma consequência das reformas do Presidente francês.

A greve foi convocada por nove sindicatos que representam 5,4 milhões de funcionários públicos, cerca de 20% da força de trabalho francesa.

Esta é a quarta manifestação contra as reformas de Emmanuel Macron.

"O governo não parece receptivo ao mal-estar dos funcionários. Os agentes sofrem, porque são considerados apenas um peso fiscal, e não uma riqueza", afirmou Laurent Berger, director do sindicato CFDT, o segundo maior sindicato francês.

Desde 2009, esta é a primeira vez que vários sindicatos da área da saúde - médicos, farmacêuticos, dentistas se juntam aos enfermeiros.

As escolas públicas também são afectadas, bem como os serviços ferroviários e aéreos, que registam atrasos.

Depois de terem apoiado Emmanuel Macron na eleição presidencial, os funcionários públicos "têm a sensação de que vão pagar pelas políticas do governo", afirmou Frederic Dabi, do instituto de pesquisas Ifop, laboratório de ideias independente, à Agência France Presse.

Os funcionários franceses estão descontentes com o congelamento de salários, o aumento dos descontos e o corte de 1.600 postos de trabalho em 2018, as primeiras medidas de um plano no qual Emmanuel Macron pretende cortar 120.000 empregos até 2022.

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