Recordar os atentados terroristas de Paris de há dois anos é um dos principais destaques da imprensa francesa.13 de novembro, governar sob a ameaça terrorista é o título do LIBÉRATION. Dois anos depois, o espectro dos atentados paira em permanência sobre o exercício do poder. As vítimas do seu lado procuram reconstruir-se.Desde 2015, a ameaça terrorista nunca diminuiu e a eventualidade de um atentado está omnipresente ao mais alto nível do Estado. Um novo modelo de governação impôs-se ao presidente que deve estar pronto para agir a qualquer momento.Assim o Eliseu montou uma nova coordenação da luta anti-terrorista, liderada pelo próprio presidente e que atravessa os serviços de informações, luta contra o terrorismo, segurança interna e externa, defesa, contra-espionagem ou circuitos financeiros clandestinos, nota LBÉRATION.Entre feridos e familiares das vítimas, são dois anos de sofrimentos e de reconstrução, depiois de na noite de 13 de novembro de 2015, Paris e arredores, serem atacados por terroristas, que mataram 130 pessoas e fizeram 683 feridos.Maëlle, 36 anos, ficou ferida no rosto e num braço no atentado da sala de concertos Bataclan, em Paris, diz, que se fotografa todos os dias para ganhar coragem e acompanhar a os progressos registados nesta sua reconstrução, nota ainda LIBÉRATION.Memórias do 13 de novembro, replica em título, LA CROIX. Não imaginei o quão o atentado nos ia transformar; a vida retoma o seu curso, as pessoas acabam por esquecer, mas nós, não, diz Pedro, ele, também, sobrevivente do Bataclan.As recordações que cada um de nós guarda não ficaram paradas no tempo e espaço mas são reconsolidadas, reconstruídas ao longo da vida, todas as vezes que as evocamos, sublinha Paul, ao jornal LA CROIX.No seu editorial, LE FIGARO, observa que dois anos depois, o inimigo continua presente. Por muito tempo. Ele não é invisível como ses diz. Ele tem o rosto do islamismo, nota LE FIGARO.LE FIGARO, que titulou a vontade de Daesh de atacar a França continua intacta. Numa entrevista a este jornal, o patrão da segurança interna francesa, Laurent Nuñez, afirma que Daesh, apela os jiadistas a atacarem lá onde vivem.A tentação é forte em alguns deles, mesmo com meios rudimentares. Mesmo entre mulheres que participaram nos combates ou acções suicidas e num contexto de um islão radical em crescendo, grupúsculos da extrema-direita podem estruturar-se em milícias e passar ao acto, mesmo contra muçulmanos, sublinha o director da segurança interna francesa.Em relação a assuntos internacionais, LE FIGARO, destaca Líbano fragilizado pela manobras de Riade. Nove dias depois da sua demissão surpresa, Hariri, reapareceu ontem à noite, declarando a uma jornalista enviada à capital saudita, que "há um partido libanês que procura destabilizar o reino saudita", refererência a um míssil iemenita lançado contra Riade, e que expõe o Líbano a sanções não apenas americanas mas também árabes, cita LE FIGARO.Líbano: Hariri abre a via a uma desescalada, dizendo numa entreevista em Riade que é livre dos seus movimentos sem convencer, destaca, também, LE MONDE.Mas o principal título deste vespertino é o grito de alerta de 15.000 cientistas para salvar o planeta. A dimensão da iniciativa é inédita: 15.000 cientistas de 184 países assinar um alerta solene sobre o estado do planeta. Para evitar uma miséria generalizada e uma perda catastrófica de biodiversidade, os cientistas apelam a humanidade a mudar radicalmente o modo de vida. Aquecimento global, biodiversidade, desflorestação... todos os indicadores mostram uma degração contínua do ambiente sob a pressão do homem. Após 3 anos de estagnação, as emissões mundial de dióxido de carbono dispararam em 2017, devido, nomeadamente, à China, nota LE MONDE.Enfim, em relação à África, LIBÉRATION, a escrever que "Gucci Grace" Mugabe está pronta para retomar a mercearia do marido.Apesar da sua pouca popularidade, devido à sua vida extravagante, a mulher de Mugabe, deixou de esconder a sua ambição presidencial, conseguindo, para já, que o marido, afastasse o seu prncipal rival, o vice-presidente da ZANU-PF, no poder, Emerson Mnangagwa, sublinha LIBÉRATION.
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