Abrimos esta Imprensa semanal, com a JEUNE AFRIQUE, a fazer a sua capa, com a Tunísia, o herdeiro. Autoridade de Estado, presidencialização do regime, direitos das mulheres….30 anos depois da destituição de Bourguiba, a maneira como Béji CaÏd Essebsi, exerce o poder, recorda cada vez mais aquele do seu mentor. Dentre os seus sucessos, a adopção da lei de reconciliação, após um braço-de-ferro de dois anos com a sociedade civil. Béji Caïd Essebsi, declarou ao jornal no dia 6 de setembro, que o regime semi-parlamentar não convinha à Tunísia e que o regime presidencial era melhor aceito pela maioria do povo.A sombra do combatente supremo continua a pairar sobre a Tunísia, e mais particularmente, sobre o Presidente da República.Discípulo de Bourguiba, um produto da sua escola, o actual presidente vai a ponto de imitar o seu mentor, mesmo quando se exprime, numa mistura de árabe e de dialecto e com um humor truculento e grave, nota a JEUNE AFRIQUE.Mudando de assunto a mesma publicação, dedica um dossiê sobre o gás em África. Multiplicam-se descobertas de jazigos de gás de Moçambique ao Senegal, promessa de novos rendimentos e de um combustível limpo e competitivo para produzir electricidade.Se Angola, Egipto ou Argélia, já têm uma grande experiência no sector de energia, outros, como o Senegal e Mauritânia, são estreantes. Em Moçambique, são 16 mil milhões de dólares segundo revelou, Claudio Descalzi, presidente da companhia italiana ENI, que o governo vai recuperar graças ao único jazigo de Coral sul.O complexo de gás Moçambique/África do sul, liderado pela Sasol é um sucesso. A companhia sul-africana abastece as suas centrais eléctricas de Secunda e Sasolburg, situadas no norte da África do sul, a partir dos jazigos moçambicanos de Temane (desde 2004) e Pande (2009).O seu gasoduto de 865 km abastece, a propósito, a central moçambicana de Ressano Garcia, junto à fronteira sul-africana, onde opera a empresa de hidrocarbonetos, ENH, co-accionista do projecto transnacional que custou, até agora, 2 mil milhões de dólares.Com penúrias de electrificação crescentes de Moçambique, particularmente, na capital, Maputo, o país produtor tem uma parte minoritária, mas crescente, no sector da produção do gás dos dois campos desde 2009, actualmente, à volta dos 20%.Uma cooperação frutífera que permite a Moçambique fazer crescer gradualmente a sua rede eléctrica, ao passo que outros projectos de gás do país, mais importantes em dimensão, mas virados para a exportação, ainda não entraram no circuito de produção, acrescenta a JEUNE AFRIQUE.Moçambique, igualmente, nas páginas de LA LETTRE DE L’OCEAN INDIEN, sobre o escândalo dos empréstimos escondidos do presidente Nyusi, que continua, envenando assim, a vida do chefe de Estado moçambicano, sob a pressão de detentores de obrigações e da justiça americana.LE POINT, faz a sua capa com, Argélia, um desafio histórico. Doente, o presidente Abdelaziz Bouteflika, governa à distância do palácio presidencial, mas em vésperas da visita do presidente francês, Emmanuel Macron, a 6 de dezembro à Árgélia, há declarações de agradecimentos e que Deus lhe dê longa vida.Mas a ilusão funciona cada vez menos e com o aproximar do quarto mandato, em 2019, face à incerteza, circula o boato sobre a recondução de Bouteflika, uma espécie de presidência até à morte, de que o presidente, vai recuperar a sua capacidade motora, e voltar a andar, sabendo que ele tem estado em cadeira de rodas, acrescenta LE POINT.Por seu lado, L’EXPRESS, faz a sua capa, com as Confissões de Mandela. Por ocasião da publicação de um livro de Memórias redesenhadas, a carreira de Madiba, é vista sob um novo prisma.Era um manuscrito adormecido que vem à superfície. Mandela, deixou-o inacabado, consciente da sua imperfeição, nunca tinha tempo para terminar este precioso texto, resumo da sua vida e do seu combate que começou a escrever na primeira pessoa do singular,Enfim, L’OBS, destaca o povo de Macron. Quem são os homens que marcham pelo Presidente?Destacamos dois nomes: Stéphane Roques, que abandona a direcção de Médicos sem fronteiras para dirigir a República em Marcha; e Aziz-François Ndiaye, que dirigia uma empresa sart-up alimentar de entrega ao domicílio, responsável de mobilização no partido do presidente Macron, nota L’OBS.
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