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Revista de Imprensa

Direita quer expulsão de terroristas estrangeiros de França

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O debate sobre o terrorismo em França e a guerra diplomática entre ocidentais e a Rússia, dominam as primeiras páginas dos jornais franceses. LE MONDE, titula, face a Moscovo, os ocidentais apertam fileiras. A represália é sem precedentes. Pelo menos 116 diplomatas russos estão em vias de ser expulsos dos países ocidentais dos dois lados do Atlântico, em reacção ao escândalo Skripal. Os Estados Unidos e 16 países da UE e outros aliados reagiram ao envenenamento na Inglaterra do agente duplo russo Skripal e da sua filha. Paris e Berlim expulsam, cada um, 4 diplomatas e a visita do presidente francês, Emmanuel Macron, em fins de maio à Rússia poderá ser reenquadrada ou mesmo adiada. Para Yves Trotignon, ex-dirigente da segurança externa, o caso Skripal, assinala um regresso aos grandes dias das crises entre os serviços secretos, nota LE MONDE.Estas medidas de represálias espectaculares, sublinha o vespertino no seu editorial, são reflexos ao envenamento por gás neurotóxico a 4 de março do espião russo Serguei Skripal e da filha, refugiados no Reino Unido. Uma semana depois da sua reeleição triunfal, o presidente russo, encontra-se mais do que nunca isolado na cena internacional, sublinha o editorial do jornal LE MONDE.Ainda no internacional, LE MONDE, dá relevo, ao mistério em torno da visita a Pequim de um alto dignitário norte-coreano. O dirigente Kim Jon-un poderia ter efectuado a sua primeira visita à China desde a sua chegada ao poder em 2011.Sem desmentir a agência Bloomberg, o ministro chinês dos negócios estrangeiros  recusou falar do assunto, deixando a sua porta-voz, Hua Chunying, declarar que informações sobre a questão, serão divulgadas no seu devido tempo. A China não está satisfeita com Pyongyang, que continua com a sua estratégia de desenvolvimento a todo o custo de arma nuclear, acrescenta LE MONDE.Segredo de escândalos, o que o leitor deixará de ler, porque censurado, é o título do jornal L’HUMANITÉ. O governo quer apresentar uma proposta de lei para proteger informações comerciais e económicas  que põe em perigo as nossas liberdades individuais, sublinha L’HUMANITÉ.Em relação à França LIBÉRATION, titula, terrorismo, a direita quer brincar aos ficheiros? Três dias depois do atentado terrorista, o chefe da oposição Laurent Wauquiez e os Republicanos lançam-se de novo numa sanha securitária, a ponto de caírem no simplismo.Isolado no seu campo, o líder dos Republicanos acusou duramente o chefe de estado de ingenuidade em relação ao Islão político. Marine Le Pen da extrema direita e uma parte da direita reclamam medidas difíceis de serem aplicadas e contraproducentes, acrescenta LIBÉRATION.Lutar contra o salafismo, replica em título LA CROIX. Ligações do terrorista com o ramo salafista relançam o debate sobre esta corrente do Islão sunita. Há que dialogar com os muçulmanos, escreve LA CROIX no seu editorial, mas pergunta: Como é que a fé dos muçulmanos pôde ser instrumentalizada por correntes fundamentalistas e violentas?Eficácia das fichas S de novo posta em causa titula LE FIGARO. Depois do atentado de sexta-feira, a oposição fustiga um sistema de vigilância de pessoas radicalizadas que não funciona, reclamando assim medidas de firmeza.Mais do que nunca, a eficácia das famosas fichas S, letra do alfabeto para Segurança de estado, é foco de todas as questões. A oposição ataca Macron, denunciando o seu  angelismo, ingenuidade e candura.Wauquiez reclama a reposição do estado de emergência, a expulsão de estrangeiros inscritos nos ficheiros de segurança de estado ou  Valls, antigo primeiro ministro socialista, defende  centros de retenção para os mais perigosos, sublinha, LE FIGARO.No seu editorial, o mesmo jornal, escreve que a França tem de lançar-se numa vasta operação de erradicação do salafismo.  Mesmo não agradando os apóstolos do Viver Juntos, este vírus é incompatível com a nossa liberdade de ser, de circular e de pensar, sublinha o editorial do FIGARO.Enfim, em relação à África,  LE MONDE, destaca Egipto e o desinteresse da juventude pela política. Desiludidos pelo fracasso da revolução os jovens refugiam-se na ironia e as redes sociais.A actual eleição presidencial passa ao lado. Só falamos de coisas com uma certa utilidade, como os estudos, o trabalho, porque falar de política deixa-nos doentes, afirma Sara, 24 anos, estudante de engenharia, citada por LE MONDE.

Primeiras páginas dos jornais franceses de 27 de março de 2018
Primeiras páginas dos jornais franceses de 27 de março de 2018 RFI
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