Afinal, o ataque pode ser “muito em breve ou não tão em breve” contra a Síria. Quem o escreve, no Twitter, é o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, um dia depois de ter avisado que “os misseis estão a chegar à Síria”.
Em causa, o ataque com alegadas armas químicas, no sábado, pelo regime de Bachar al-Assad, contra o enclave rebelde de Douma, na região de Ghouta oriental. De acordo com ONG’s locais, mais de 40 pessoas morreram e mais de 500 receberam tratamento, a maioria com dificuldades respiratórias.
Em França, o presidente Emmanuel Macron afirmou, hoje, que há provas que foram usadas armas químicas, mas disse que as decisões serão tomadas “quando for útil e eficaz”.
Entretanto, a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, apelou para que todos os membros da comunidade internacional pensem seriamente nas consequências possíveis das acusações, ameaças e acções planificadas contra o governo sírio.
Deputados russos já tinham alertado os Estados Unidos que a Rússia veria um ataque aéreo contra a Síria como um crime de guerra e que isso poderia desencadear um embate militar entre Moscovo e Washington.
A ameaça de uma acção militar norte-americana, apoiada pela França, acontece pouco depois do degradar das relações com a Rússia, na sequência do envenenamento do antigo espião Sergueï Skripal na Inglaterra.