As primeiras páginas dos jornais franceses continuam a estar dominadas pela política de reforma da administração pública do presidente Macron e pelas greves na empresa dos caminhos de ferro ou universidades. LE MONDE, titula, inquérito sobre as dívidas escondidas da SNCF. A gigantesca dívida da empresa nacional dos caminhos de ferro ultrapassa os 54 mil milhões de euros. Ela será recuperada em parte e progressivamente pelo Estado, à medida que as reformas são feitas, indicou o presidente Macron, na sua entrevista na TV de quinta-feira, nota LE MONDE.Emmanuel Macron, é um presidente que diz não, não, não... titula LIBÉRATION. Maquinistas, estudantes, limitação de velocidade em certas estradas aos 80 quilómetros por hora, poder de compra dos pensionistas, o presidente não fez nenhuma concessão na sua intervenção na televisão.Nesta sua primeira entrevista na TV desde o começo da greve na SNCF, acrescentou a indiferença às peripéciais de curto prazo, sublinha LIBÉRATION.Macron, adapta-se mas mantém a sua meta, replica, LE FIGARO. Convidado do primeiro canal francês, TF1, o presidente da República justificou todas as suas reformas. Sem abandonar nada, empregou um tom mais maleável, comparado com as suas precedentes entrevistas.Por seu lado, L'HUMANITÉ, titula, os perigos da liberalização, o exemplo do frete ferroviário. 5.000 quilómetros de linhas férreas foram fechdas entre 1980 e 2015. O desmantelamento do frete ferroviário não poupou a imensa estação de Miramas com uma identidade de maquinistas.Configurada para gerir 3 mil vagões por dia, a plataforma só consegue fazer uma triagem de pouco mais de 500. Em todo o território, o ferroviário perdeu para para a estrada, resultado de uma política da concorrência desenfreada, acrescenta L'HUMANITÉ.A nível internacional, LE MONDE, refere-se a hesitações sobre a dimensão de represálias contra a Síria. Após ter evocado ataques iminentes no seguimento do ataque químico atribuído a Damasco, Donald Trump, parece estar a rever a sua posição e querer o apoio de um uma maior número possível de países a uma intervenção.Moscovo, ameaça represálias se a Síria for atacada. Enquanto isto, a bandeira síria foi içada em Ghouta, antes um oásis agrícola às portas de Damasco e hoje uma zona periférica devastada, sublinha LE MONDE.Síria: tropas russas controlam Douma, destaca LIBÉRATION. Enquanto baixa a tensão com os ocidentais a adiar represálias ao uso de armas químicas pelo regime de Bashar al-Assad, este pôde celebrar ontem com os seus aliados russos, a reconquista total de Ghouta oriental, seguida da evacuação dos últimos rebeldes de Douma, nota LIBÉRATION.Mudando de assunto, LA CROIX, preferiu puxar para título a deriva sem fim da Venezuela. Após 5 anos de poder, Nicolas Maduro, conduziu o país à ruína. É a falência de um Estado petrolífero.Depois da morte do seu mentor Hugo Chavez, o actual presidente Maduro, deu o país na pedra, com uma situação económica degradada, inflação galopante e recorrentes penúrias de quase tudo nomeadamente produtos alimentícios de base, sublinha LA CROIX.Enfim, sobre o continente africano, o mesmo LA CROIX, destaca as dificuldades de diálogo entre a União europeia e Kinshasa. Enquanto começa em Genebra a primeira conferência de doadores para a RDC, a Europa preocupa-se com o agravamento da crise política securitária e humanitária naquele país.Diferentemente de outros países de África, a União europeia não tem interlocutores à altura na RDC, sublinha LA CROIX.
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