As primeiras páginas dos jornais franceses apresentam-se diversificadas com temas que vão de distúrbios em manifestações sobre o 1° de maio, até a questões nucleares iranianas.LE MONDE, titula, acordo sobre o nuclear iraniano em grande perigo. Benjamim Netanyahou, primeiro ministro israelita encenou na segunda-feira todo um dispositivo de 100 mil documentos que provam que Teerão mentiu. Estes elementos conhecidos por peritos europeus não forneceram na realidade nenhum dado novo e visam influenciar a posição americana.Donald Trump deverá decidir antes de 12 de maio se os Estados Unidos se retiram do acordo sobre o nuclear iraniano, que sempre, denunciou, como sendo desastroso.Ainda segundo LE MONDE, Israel, é suspeito de estar na origem dos ataques na Síria de uma força inédita que terão feito 26 mortos no dia 29 de abril na sua maioria iranianos.Por seu lado, LA CROIX, pergunta, se o Irão tem ambições de dominar o médio oriente? Mike Pompeo, afirma que o Irão tenta desenvolver a sua influência num grande número de países do médio oriente para poder modelar as suas políticas.As razões que levam assim o Irão a querer pesar na balança do poder nos países vizinhos tem mais a ver com questões nacionalistas que religiosas, acrescenta LA CROIX..Mas o título principal do jornal católico é uma pergunta: que é feito das seitas? Deixou-se de falar em seitas, vistas como um verdadeiro problema nos anos 80/90. Contudo, o fenómeno não desapareceu de todo.Seita Moon, Hare Krishna, movimento israelita, filhos de Deus... grandes organizações desses anos refugiaram-se no silêncio, ou muitas deixaram de ter adeptos ou se autodissolveram, com a morte dos seus dirigentes, nota, LA CROIX.Por cá em França, Vandalismo em pleno Paris: depois da indignação, a polémica, titula, LE FIGARO. Violentos confrontos entre a polícia e vadios de ultra-esquerda à margem do desfile do 1° de maio, em Paris.Criticado, o governo defende-se declarando que as forças da ordem fizeram bem o seu trabalho. Da contestação radical à violência radical, afirma Guillaume Tabard, exclamando-se: e dizer que o perigo vinha da extrema direita!Toda a gente estava a ver a ameaça da ordem pública vir da ultra-direita que preocupa os serviços secretos, enquanto a ultra-esquerda violenta e mais radical, preparava tranquilamente a sua sinistra manobra do 1° de maio, sublinha o colunista do jornal LE FIGARO.Num trocadilho de palavras, LIBÉRATION, replica em título, Maio, Sim, com o sentido de Mas, sim ! Acusado de ter morta a escola, a nação, a família, os valores e a autoridade, o jornal, denuncia 10 crimes de que Maio de 68 é acusado. E numa sondagem de Viavoice, escreve, que 70% por cento dos franceses consideram positiva a herança de maio de 68, sublinha, LIBÉRATION.Mas o mesmo LIBÉRATION, entrevista também aqueles que chama os procuradores de maio de 68, nomeadamente, os filósofos, Pascal Brucker, antigo revoltado maoísta, hoje neo-conservador, Régis Debray, ex-castrista, hoje intelectual de direita que numa reviravolta dialéctica diz que maio de 68 foi um estratagema do capital que conduziu à americanização da sociedade.Ou ainda o filósofo Alain Finkielkraut, que denuncia a ideologia do progressismo que mergulhou a Universidade francesa na desordem, e enfim, o socióolgo, Jean-Pierre Le Goff, que denuncia o esquerdismo cultural, que desembocou num individualismo exacerbado ou o escritor e polemista, Éric Zemmour, que vê no maio de 68, a grande desagregação da sociedade e declínio dos valores tradicionais, nota LIBÉRATION, jornal fundado pelo filósofo comunista, Jean-Paul Sartre.Enfim, L'HUMANITÉ, faz o seu principal título, com tudo o que você perde com a livre concorrrênci. Há 30 anos que a privatização dos serviços públicos assinou o fim dos investimentos, a queda dos preços, a degradação do atendimento públlico ou das condições de trabalho e a redução de funcionários.Quando se privatiza serviços públicos é uma civilização que é apagada, afirma o sociólogo Willy Pelletier, que sobre o conflito nos caminhos de ferro nacionais, sublinha que esta batalha é crucial e ainda o liberalismo não ganhou a batalha ideológica, em entrevista ao jornal comunista, L'HUMANITÉ.
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