Cannes: Realizador português de novo premiado
Chuva é cantoria na aldeia dos mortos, do casal luso-brasileiro constituído por João Salaviza e Renée Nader Messora ganhou o Prémio especial do júri da mostra Un Certain Regard do Festival de cinema de Cannes 2018.O realizador português João Salaviza, que em 2009 tinha ganho a Palma de Ouro das curtas metragens do Festival de Cannes com "Arena", obtém nova consagração neste certame.
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Trata-se de uma longa metragem de quase duas horas, uma imersão no universo dos índios krahô, na aldeia de Pedra Branca, no norte do Brasil.
Temáticas como o luto, o sobrentatural e a oposição entre o mundo indígena e o mundo urbano e a crescente pressão dos fazendeiros sobre a comunidade vêm aqui à tona num tom algo contemplativo e uma fotografia cuidada.
João Salaviza enfatizava a importância da visibilidade política dada por Cannes ao filme.
E isto numa altura em que o Brasil no seu entender faria uma viragem à direita, homofóbica e anti-indígena, nomeadamente.
Chuva é cantoria na aldeia dos mortos premiado em Cannes
Para ele este seu filme ia contra a corrente destas supostas tendências actuais do gigante sul-americano.
Os dois protagonistas do filme, um casal índio de Pedra Branca, vieram a Cannes para o efeito e testemunharam no festival a sua felicidade em acompanhar o projecto.
A companheira de Salaviza, a brasileira Renée Nader Messora, acompanha esta comunidade há algum tempo.
Aldeões que puderam mesmo visionar o filme que agora estreou em Cannes e que convenceu o júri da mostra Un certain regard.
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