Abrimos esta Imprensa Semanal, com a JEUNE AFRIQUE, que faz a sua capa com Macron e a pergunta: Pode ele dar o golpe de misericórdia à Françáfrica?Emmanuel Macron, tinha-se comprometido a ter com o continente africano uma relação dum novo tipo. Um ano depois, quais são os primeiros frutos da sua política. E que pensam os próprios africanos?Os dirigentes africanos descobrem-no depois de muitos outros: o presidente francês é um grande sedutor. Mas os seus gestos altamente simbólicos a favor do continente estão subordinados a um objectivo prioritário que é a luta contra as vagas migratórias.O seu célebre discurso na Universidade de Ougadougou, não passou de promessas. Mas para Jules-Armand Aniambossou, ex-condiscípulo de Macron, na Escola Nacional de Administração, hoje, coordenador do Conselho presidencial para África, CPA, se a França vai à África, não é para ajudar os africanos. É para ganhar.Este antigo embaixador do Benim, em Paris, vai dizendo que CPA não é uma espécie de Françáfrica, mas uma rede de pessoas que irá substituir Françáfrica.Mas quando perguntado, qual é a política africana de Macron, o antigo colega de curso, responde peremptoriamente: Ele não tem política africana. Noutra passagem sobre o franco CFA, Alain Faujas, da mesma JEUNE AFRIQUE, escreve que o candidato Macron, não se cansou, durante a campanha, de contestar a moeda CFA.Presidente em funções, sublinha a JEUNE AFRIQUE, no que toca ao franco CFA, Macron, vai mudar tudo, para tudo ficar na mesma. O presidente abolirá os vestígios mais simbólicos como um novo nome para a moeda, com as reservas em divisas a ficar em África e a zona monetária alargada à Gâmbia e ao Gana, nota JEUNE AFRIQUE.Por seu lado, LA LETTRE DE L'OCEAN INDIEN, refere-se a Moçambique, para escrever que longe de levantar o véu sobre o funcionamento de grupos radicais violentos activos no distrito de Mocímboa da Praia, no norte do país, o estudo apresentado a 23 de maio de maio pelos universitários, João Pereira e Salvador Forquilha, assim como o xeque Said Habibe, especialista moderado do Islão moçambicano, apenas baralhou as cartas. Segundo certos especialistas a soma avançada sobre as fontes de financiamento desses grupos, mais de 3 milhões de dólares por semana provenientes do tráfico de madeira e de rubis estaria a ser exagerada. Há outro beneficiário desta trapalhada em torno desses grupos, Erik Prince da Frontier Services Group, empresa registada em Hong Kong e que concluiu em março com o Presidente Filipe Nyusi um acordo de fornecimento de carros militares e a reparação de 24 barcos da empresa de sgurança marítima Ematum, apontada com o dedo no escândalo de dívida escondida;A mesma LA LETTRE DE L'OCEN INDIEN, refere-se ainda ao Fundo da Paz e Reconciliação Nacional, para ajudar 170 mil soldados desmobilizados, à procura de mais verbas, acaba de fazer uma aliança com Wong Group Holding CO de Luis Wong, presidente da Comunidade chinesa de Moçambique.AFRICA CONFIDENTIAL, destaca também Moçambique, mas para afirmar que com a morte de Dhlakama a paz está em perigo. O presidente Filipe Nyusi lamentou que não tenha podido ajudar a tempo o seu "irmão", quando factualmente, sob sua liderança a Frelimo tentou assassinar várias vezes, Afonso Dhlakama.Sobre a Guiné Bissau, a mesma publicação escreve que o presidente José Mário Vaz, sob pressão da CEDEAO teve que nomear Aristides Gomes como primeiro-ministro, depois de 2 anos e meio de conflito com o seu próprio partido, PAIGC, liderado por Domingos Simões Pereira. O PAIGC, tem agora um governo de unidade com o o PRS, ex-membro duma coligação governamental, enquanto o Parlamento alargou os mandatos dos seus membros até eleições a 18 de novembro.Mas, segundo AFRICA CONFIDENTIAL, subsistem preocupações de que o presidente Vaz, que nomeou o controverso antigo ministro do interior Botche Candé, como conselheiro, venha a obstruir a formação de um novo governo saído das próximas eleições.L'OBS, faz a sua capa com fundos misteriosos e gestão opaca que constituem o dinheiro escondido do Islão em França.Enfim, a capa do LE POINT, explica porque a crise histórica na Itália pode afundar a Europa; e fica no ar a sua pergunta: os charlatães vão-nos arruinar?
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