Acesso ao principal conteúdo
Revista de Imprensa

Migrantes, Imigrantes e Refugiados dividem União europeia

Publicado a:

A crise dos migrantes na Europa e reacções à cimeira de Singapura entre os presidente Donald Trump e Kim Jong-un, dominam as primeiras páginas dos jornais franceses."Aquarius": tensões em França e na Europa, titula, LE MONDE. O destino do barco Aquarius rejeitado pela Itália, com 629 migrantes a bordo, criou uma onda de choque na União e na política francesa. Na Assembleia nacional a passividade de Macron e do governo é denunciada pela oposição mas também por deputados da maioria.Do seu lado o chefe de estado criticou "uma forma de cinismo" da Itália , com Roma a rejeitar "lições hipócritas" de Paris e a convocar o embaixador da França, na capital italiana.Por seu lado, Josep Borell, ministro espanhol dos negócios estrangeiros, cujo país vai receber os refugiados, apela a União europeia a deixar de praticar a política de avestruz. Na Alemanha, a chanceler, Merkel e o seu ministro do Interior, não estão de acordo sobre a política migratória do país, nota LE MONDE.O naufrágio da Europa fortaleza, replica, L'HUMANITÉ. O gesto da Espanha não basta para apagar a atitude inepta  de dirigentes da União europeia sobre o acolhimento de migrantes e fazer frente ao xenófobo Salvini. O golpe desferido contra o barco do SOS Mediterrâneo e os 629 exilados africanos a bordo pelo ministro do Interior italiano da extrema direita revela a deriva dos Estados membros da União europeia. Eleitos locais e cidadãos solidários exigem uma mudança de rumo, sublinha, L'HUMANITÉ.Europa à deriva, pertence ao LIBÉRATION, que no seu editorial, intitulado, cinismo, lança uma farpa ao presidente francês.Macron, não encontrou argumento melhor do que denunciar a irresponsabilidade e o cinismo da Itália neste caso, mas rejeitando a proposta de acolhimento do Aquarius feita pelo presidente do conselho executivo da Córsega. Atingimos claramente os limites do discurso de Macron, que não diz coisa com coisa, nota o editorial do LIBÉRATION.Mudando de assunto o mesmo LIBÉRATION, recorre a um trocadilho francês, misturando vago e louco, para titular, cimeira Kim-Trump, uma história de loucos. Se do encontro entre os dois imprevisíveis líderes saiu um documento sem qualquer compromisso, não deixa de ser inédito e com uma carga forte simbólica. O documento assinado é caracterizado de decepcionante por um grande número de peritos. O texto é vago nomeadamente sobre a desnuclearização do regime de Pyongyang, sublinha LIBÉRATION.Uma cimeira, e depois?, pergunta LA CROIX. O documento assinado em Singapura é muito geral quando evoca a desnuclearização sem avançar um calendário.E no seu editorial, intitulado paciência, LACROIX, nota que para juntar os dois dirigentes com interesses antagonistas extremados, teve-se de recorrer a um terceiro homem, Moon Jae-in, o presidente sul-coreano como intermediário. A reconciliação vai precisar de tais artesãos de paz, discretos, pacientes e visionários, sublinha LA CROIX. Depois da cimeira, é tempo de perguntas, replica, em título, LE FIGARO. Se o encontro de Singapura entre Kim Jong-un e Donald Trump, é histórico, o balanço concreto resume-se a um documento recheado de termos gerais e simbólicos. No seu editorial, LE FIGARO, observa que a longa ladaínha de promessas não respeitadas pela Coreia do Norte incita à prudência. E sem aprová-lo, pode-se compreender Kim.A Coreia do Norte sem a bomba, é a Birmânia dos generais, quer dizer não é grande coisa na cena mundial. E, com Kadhafi, o coreano viu o destino reservado a ditadores não nuclearizados. Com o acordo iraniano enviado ao caixote do lixo, percebeu bem como a América procede com compromissos quando não é ameaçada por mísseis, acrescenta, LE FIGARO, no seu editorial.

Primeiras páginas dos jornais franceses de 13 de junho de 2018
Primeiras páginas dos jornais franceses de 13 de junho de 2018 RFI
Ver os demais episódios
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.