Macron "muda de tom"
Os parceiros sociais reconhecem uma « mudança de tom » no discurso de Emmanuel Macron. O chefe de Estado francês manifestou hoje o desejo de reforçar o diálogo com os sindicatos, durante um encontro de três horas no Eliseu.
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As declarações foram feitas no final de um encontro de três horas no Eliseu, encontro que juntou o chefe de Estado Emmanuel Macron e os parceiros sociais. O Presidente da República “concordou que no ano passado o ritmo das negociações foi imposto por ele e que nesse diálogo ele escutou sempre muito pouco”, indicou Philippe Martinez, número dois da CGT.
No que refere às reivindicações a CGT continua a insistir na “repartição das riquezas”, “no sofrimento do trabalho” e “nos serviços públicos de saúde”, precisou.A vontade de Macron reforçar o diálogo foi também expressa pelo número dois da CFDT, Laurent Berger. “Nós sentimos uma vontade de voltar, de acordo com os termos do Presidente da República- a uma República contractual e a uma forma de diálogo entre as organizações sindicais, patronato e Estado”, explicou.
Emmanuel Macron não prevê "claramente" uma diminuição do desemprego através da redução dos direitos dos desempregados ou através da redução das indemnizações, precisou o presidente da CFTC, Philippe Louis.
Durante o encontro o chefe de Estado anunciou que haverá na rentrée política “conversações” com o primeiro-ministro e “vários personalidades” sobre o subsídio de desemprego e a segurança no trabalho.
Os sinais do Presidente francês de “renovar o diálogo com os parceiros sociais” foram também saudados pelo secretário-geral da FO. Porém, Pascal Pavageau mostrou-se prudente ao afirmar que “prefiro esperar pelo roteiro de Setembro”.
Do lado do patronato, François Asselin, representante da Confederação das pequenas e médias empresas, viu neste encontro uma “verdadeira viragem”. Já o líder do patronado, MEDEF, Geoffroy Roux de Bézieux, limitou-se a comentar “as dificuldades de recrutamento”.
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