Presidente Macron decidido a continuar com as reformas
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As primeiras páginas dos jornais franceses estão dominadas por assuntos de política interna, exceptuando LE MONDE que destaca os problemas que dois ex-conselheiros de Donald Trump estão a ter com a justiça americana. LE MONDE, titula, Donald Trump destabilizado por dificuldades judiciárias de dois ex-colobaradores do seu círculo mais próximo. As declarações à justiça do seu ex-advogado e a condenação do seu antigo director de campanha fragilizam o presidente americano. O advogado Michael Cohen admitiu ontem ter “comprado” o silêncio de duas mulheres que declararam ter tido relações sexuais com Trump.Segundo Cohen, os pagamentos durante a campanha foram feitos por odens de Trump e com a intençao de influenciar as eleições de 2016. A condenação, por fraudes, de Paul Manafort ex-director de campanha de Trump, aconteceu no mesmo dia.Uma condenação ainda parcial de Manafort por um júri popular, que vem dar credibilidade a investigações do procurador especial, Robert Mueller que deitaram abaixo manipulações do antigo lobbysta, nota LE MONDE. O mesmo vespertino acrescenta que um dos actuais advogados de Trump, Rudy Giuliani replicou num comunicado que não há nenhuma alegação de actos repreensíveis contra o presidente nas acusações contra Michael Cohen.Ainda no internacional, LE FIGARO, dá relevo à Venezuela e os venezuelanos que fogem em massa ao regime de Maduro. 3 milhões de venezuelanos fugiram do seu país desde a chegada ao poder de Hugo Chavez em 1999. Este êxodo tem consequências cada vez mais importantes na América latina.O Brasil, Peru, Equador, Colômbia ou Chile são afectados face à crise da chegada de nicaraguenses e venezuelanos. O Brasil está a ter sérias dificuldades em gerir milhares de venezuelanos que fogem o caos na Venezuela, nota LEFIGARO.A nível de política francesa, Macron, confrontado com os desafios de ano político pós-férias dificil, é o principal título do jornal LE FIGARO. Depois dum Verão marcado pelo escândalo Benalla, teve lugar hoje o primeiro conselho de ministros pós-férias.O chefe de Estado quer marcar a sua intenção em manter o ritmo das reformas, o que chama a transformação do país. Seguro de desemprego, pensões de reforma, plano pobreza, défices públicos ou instituições, sublinha LE FIGARO.Por seu lado, L’HUMANITE, titula, Frutos e legumes de qualidade, são um luxo para as camadas populares. E são os mais modestos as primeiras vítimas de diabetes e obesidade e frequentadores dos restaurantes da sopa dos pobres.A luta de classes tem igualmente lugar no prato dos franceses. Para colmatar estas dificuldades L’HUMANITE, organiza com o partido comunista vendas solidárias com as camadas populares a um preço mais acessível a frutos e legumes tidos como produtos de luxo para o povo.Férias ecológicas entre o sonho e a realidade, replica em titulo LA CROIX. Mas na prática a oferta e a procura de turismo responsável em França nem sempre se passa como os francenses sonharam, porque são privilegiados públicos que defendem valores ecológicos que praticam já no dia a dia, sublinha, LA CROIX.Também LIBÉRATION, titula sobre o turismo mas médico. Próteses de ancas na Tailândia, implantes capilares na Turquia ou cirurgia estética na Roménia, os cuidados de saúde tornaram-se um negócio globalizado. Os franceses procuram esses países, porque os preços são mais acessíveis e os prazos de consulta são mais reduzidos, acrescenta LIBÉRATION.Enfim sobre a África, LE FIGARO, dá relevo à Etiópia em plena revolução política. Chegado ao poder em abril, o novo primeiro ministro, Abiy Ahmed sacode, sem diplomacia, o mundo político.Liberaliza os meios de comunicação social. Liberta centenas de prisioneiros, retira da lista de movimentos terroristas 3 organizações da etnia dos oromos e aproxima-se do irmão inimigo eritreu.Em 3 semanas são retomadas as relações diplomáticas e as linhas aéreas e telefónicas com a Eritreia que estavam cortadas há 20 anos, acrescenta LE FIGARO.