As primeiras páginas dos jornais franceses estão dominadas pela guerra da Argélia, pobreza em França e estratégias francesas para as eleições europeias.Guerra de Argélia: o gesto histórico de Emmanuel Macron, titula, LE MONDE. O Presidente francês reconheceu ontem a responsabilidade do Estado da França na morte de Maurice Audin, torturado e morto em 1957 na Argélia. Macron, sublinhou que a sua morte foi possível devido a um sistema legalmente instituído de prisão e detenção confiado por via legal ao exército. O chefe de Estado reconhecia assim pela primeira vez a responsabilidade da França na tortura e o desaparecimento de opositores durante a guerra da Argélia.Numa carta à viúva de Maurice Audin, o presidente recorda que o Parlamento votou poderes especiais deixando mãos livres aos militares, em Argel.LE MONDE, abre as suas páginas de debate a historiadores, como Raphaelle Branche, que afirma, não ser mais possível negar o carácter sistemático da tortura na Argélia.Até que enfim!, replica, L'HUMANITÉ, afirmando que crime de Estado foi reconhecido pela presidente da República. Tortura, desaparecimentos e assassínios que marcaram a guerra da Argélia, sublinha, L'HUMANITÉ, no seu editorial, não foram acidentes, mas fruto de um sistema e duma lógica de Estado.Por seu lado, LIBÉRATION, titula, pobreza, Macron estende a mão à esquerda. Um subsídio universal que é uma das principais medidas feitas por Macron, no seu Plano Pobreza. Medida que fez pensar na proposta do candidato socialista às presidenciais de 2017, Benoît Hamon, propondo então um subsídio universal de existência de 600 euros por mês, que atingiria progressivamente, os 750 euros, em benefício de pessoas sem recursos.Novas armas contra a pobreza, relança, LA CROIX. Macron, apresentou um plano de 8 mil milhões de euros, destinado nomeadamente aos jovens mais frágeis. Macron anunciou uma estratégia de luta contra a pobreza baseada na prevenção e o retorno ao emprego. Macron propõe erradicar a pobreza extrema, sublinha, LA CROIX.Mudando de assunto, LE FIGARO, titula, europeias: Macron prepara um duelo com Le Pen. Uma sondagem da Odoxa para o jornal e a rádio France Info, coloca as listas dos partidos do presidente, Macron, República em Marcha e de Le Pen, União nacional, taco-a-taco, com 21% de intenções de voto. A estratégia do chefe de Estado organiza-se à volta do confronto com o partido de Marine Le Pen, que promete aos franceses o fim da União europeia e o começo da Europa, sublinha, LE FIGARO.O mesmo jornal destaca, igualmente, Putine, comandante supremo dos jogos de guerra. O Presidente russo efectuou uma visita surpresa à linha da frente das manobras militares em Tsugol, na Sibéria. Verdadeira demonstração de força, trata-se dos exercícios mais importantes da Rússia desde 1981, 10 anos antes do desmoronamento da União soviética. Os seus generais foram claros: realizamos estes exercícios para que os nossos parceiros vejam que somos capazes de efectuar qualquer missão, sem limitações e em qualquer teatro de operações, declarou a semana passada o seu vice-ministro da Defesa, Andrei Kartalopov.Enfim, LE MONDE, destaca a sanção do parlamento europeu ao primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, que vem violando sistematicamente o Estado de direito.Os eurodeputados votaram assim o artigo 17 do tratado da União europeia, um mecanismo que visa preservar o Estado de direito na UE. Considerado como último recurso, o artigo é adoptado em caso de risco claro de violação grave do Estado de direito num Estado membro, acrescenta, LE MONDE.
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