As primeiras páginas apresentam-se diversificadas tanto a nível nacional como internacional. América suspensa pelo caso Kavanaugh, titula, LE MONDE. Os Estados Unidos, viveram ontem um dia crucial na batalha pelo controlo do Supremo Tribunal. Christine Blasey Fort e Brett Kavanaugh foram ouvidos pela comissão da justiça do Senado.A primeira acusa o segundo, candidato de Trump ao Supremo Tribunal de a ter agredido sexualmente nos anos 1980. O presidente americano reconfirmou ontem o seu apoio a Kavanaugh. Os republicanos poderão ter reflexos autoritários para impor a nomeação de Kavanaugh. Este conflito sobre a confirmação do juiz tem um peso na campanhas das eleições legislativas intercalares de novembro, nota LE MONDE.Por seu lado, LE FIGARO, titula, Islão: como Erdogan, fabrica a sua teira de aranha na Europa. Ancara desenvolve há 10 anos uma diplomacia de influência generalizada. Em França, as redes turcas estão inflitradas em todas as instituições com ligação ao Islão. O regime islâmico-conservador no poder em Ancara aposta num "soft power" cultural, humanitário e religioso para estender a sua influência não apenas no médio oriente mas também na Alemanha, Bélgica e Holanda.Em França, as redes turcas tiram proveito da queda de Tariq Ramadan ou da passagem pela isolação do Qatar para terem ramificações na organização do culto muçulmano, sublinha, LE FIGARO.Brexit, começou a contagem decrescente, titula, LA CROIX. Dentro de 6 meses, a 29 de março, o Reino Unido deixará a Europa. As consequências deste divórcio são ainda muito difíceis de medir. Londres teria intenções de implementar uma política de imigração selectiva. As autorizações de residência só serão emitidas para trabalhadores altamente qualificados. Do outro lado, as indústrias culturais preparam-se para o choque. Cinco cidades, nomeadamente, Leeds e Belfast, viram anuladas as suas candidaturas para o título de capital europeia da cultura em 2023. Theresa May, dispõe apenas de algumas semanas para obter o apoio de todo o seu partido, um objectivo raramente alcançado nos 2 últimos anos, observa, LA CROIX. Mudando de assunto, por cá, em França, IVG, estes médicos que ameaçam o direito das mulheres, titula, LIBÉRATION. Políticos, sociedade civil…são várias as vozes que se levam pedindo a anulação da cláusula de consciência invocada por certos ginecologistas para recusar praticar a interrupção voluntária da gravidez. Liberdade sagrada ou abuso de consciência? Invocada por aqueles que recusam praticar abortos, um abaixo assinado reuniu 500 mil assinaturas, os senadores do Partido socialista apresentam hoje um projecto de lei para suprimir a cláusula, nota, LIBÉRATION.Por seu lado, L’HUMANITÉ, titula, Direito ao IVG: liberdade em perigo. O acesso à interrupção voluntária da gravidez está em degradação em França. Por ocasião do dia mundial da defesa deste direito, 33% das mulheres já recorreram ao IVG, pelo menos uma vez na vida, em França. Há 44 anos, Simone Veil, obtinha após uma longa luta, o voto na Assemebleia nacional da lei de despenalização do aborto em França. Infelizmente não era a consagração definitiva desse direito, porque a declaração do presidente do Sindicato nacional dos ginecologistas, Romancheau, a 11 de setembro, veio lembra-nos que nada é definitivo, ao afirmar: “Não estamos aqui para pôr fim à vida; enquanto médico, ninguém poderá forçar-me a fazê-lo”, observa, L’HUMANITÉ.Em relação à África, o ministro italiano do Interior, Salvini, esteve ontem na Tunísia, à procura de um acordo de cooperação com o governo tunisino em matéria de controlo das fronteiras. Desde janeiro, dos 21.041 migrantes chegados à Itália, 4.487 são tunisinos, nota L’HUMANITÉ.A terminar uma nota artística, a vida fora da tela de Helena Ameida, morta com idade de 84 anos e que representou duas vezes Portugal no Bienal de Veneza, escreve LIBÉRATION. Desconhecida em França só foi revelada em 2016 com a retrospectiva que lhe dedicou o “Jeu de Paume” de Paris. Ocasião para descobrir um trabalho cujo ponto de partida deu lugar ao questionamento dos limites de cada meio artístico, (foto, escultura e cenas performativas) e do plano pictural em si. Nasceu em Lisboa, e quase toda a sua vida, foi modelo do pai, o escultor oficial do Estado Novo fascista, Leopoldo de Almeida, acrescenta, LIBÉRATION.
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