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Revista de Imprensa

Descontentamento social cria raízes em França

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As primeiras páginas dos jornais franceses continuam dominadas pela crise social com anúncio de novos protestos dos coletes amarelos para este fim-de-semana.Executivo sacudido pela popularidade dos coletes amarelos é o título do jornal LE FIGARO. Uma sondagem da Odoxa revela que o apoio ao movimento aumenta, enquanto o presidente Macron anunciará na terça-feira uma nova orientação para transformar a transição ecológica aceitável.O presidente pediu às suas tropas para terem em conta o descontentamento dos coletes amarelos contra o aumento das taxas de combustíveis e ao mesmo tempo não abrirem mãos sobre o financiamento da transição ecológica.Do seu lado, os coletes amarelos continuam muito mobilizados e prontos para manifestações no sábado em Champs-de-Mars, em Paris, reconfortados por 77% dos franceses que consideram justificado o movimento e que o presidente anule o aumento das taxas, nota LE FIGARO. Uma revolta que vem de longe, replica, em título, LA CROIX. Em torno dos coletes amarelos muitos franceses têm dificuldades no dia-a-dia e exprimem suas revoltas. Pagamos cada vez mais para a escola, hospitais e transportes públicos que funcionam cada vez menos.Os estragos não datam de hoje, mas actualmente todas as gerações são afectadas pelo aumento do custo de vida, a degradação dos serviços públicos e o fosso entre os pobres e os ricos é cada vez maior, acrescenta, LA CROIX.Alerta amarelo, titula, 20 MINUTES. Amanhã, os coletes amarelos querem invadir Paris. As autoridades temem actos de violência dos elementos mais radicalizados. Os ultra-esquerda e ultra-direita, poderão entrar em choque na praça de Concorde, apesar das advertências do governo.Os manifestantes estão determinados, dessolidarizam-se dos excessos, mas hesitam sobre o futuro a dar ao movimento, replica, LE MONDE, que no entanto, faz o seu principal título, com o projecto de Macron para regular o Islão em França.O governo ultima o diploma de reforma da lei de 1905 endurecendo os controlos. As mesquitas deverão tornar públicas as suas contas e as autoridades passarão mais o respeito da ordem pública. O documento inscreve-se na política global de um Islão de França que o chefe de Estado deve apresentar no começo de 2019, acrescenta LE MONDE.Partido comunista francês: um congresso que muda. A preparação do congresso deste último fim-de-semana é sacudido por réplicas do sismo do congresso de  2017, em que a direcção cessante se viu ultrapassada por uma proposta alternativa e dois candidatos mostraram-se disponíveis para o cargo de secretário nacional. O deputado Fabien Roussel deverá assim suceder a Pierre Laurent como secretário nacional, acrescenta, L'HUMANITÉ.Mudando de assunto, a nível internacional, LE MONDE, dá relevo às primeiras dissensões europeias sobre Brexit. A União europeia e Londres chegaram a um acordo sobre uma declaração política que não satisfaz todos os 27 membros.Resta a questão de Gibraltar, muito sensivel em Madrid. Os espanhóis reclamam uma adenda ao acordo de 585 páginas para nele incluir um direito de veto sobre a futura situação do território, denunciado como uma colónia britânica, após Brexit. Mas contentar os espanóis significa abrir a caixa de Pandora de pedidos de emenda do tratado de divórcio, o que ninguém deseja, acrescenta LE MONDE.Enfim, o mesmo vespertino, refere-se ao continente africano e à vaga de prisões sem precedentes contra a corrupção na Etiópia. O primeiro-ministro reformista, Abiy Ahmed, concentra os seus esforços na velha guarda do regime, dizendo, que todos os criminosos serão caçados onde quer que estejam escondidos.

Primeiras páginas dos jornais franceses de 23 de novembro de 2018
Primeiras páginas dos jornais franceses de 23 de novembro de 2018 RFI
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