Acesso ao principal conteúdo
Revista de Imprensa

Corrente não passa entre Macron e "coletes amarelos"

Publicado a:

As primeiras páginas dos jornais franceses estão dominadas pela crise social em França e o diálogo de surdos  entre o presidente francês e os coletes amarelos. Macron tem dificuldades em convencer os coletes amarelos, é o título do vespertino, LE MONDE. Num longo discurso, ontem, o chefe de Estado, disse ter compreendido e anunciou uma concertação descentralizada nos próximos 3 meses.Esta mudança de tom e de método não convenceu no entanto os manifestantes que apelaram para uma nova mobilização no sábado, 1 de dezembro, em Paris.Esta crise traz à ribalta as profundas fracturas  territoriais francesas que alimentam um medo de desclassificação, nota LE MONDE.Desconectado, replica, em título, L'HUMANITÉ. Forçado a falar na apresentação do plano plurianual de energia, o chefe de Estado, mostra a sua surdez doentia perante o descontentamento social. Macron, não tem outro objectivo, senão servir os interesses do neo-liberalismo, afirma um delegado da CGT, ao jornal comunista.Júpiter desce à terra, relança, LIBÉRATION. Nuclear, taxa flutuante... Macron tentou reatar os laços com as classes populares, mas os seus anúncios energéticos não satisfizeram os ecologistas e correm o risco de não acalmar os ânimos dos coletes amarelos.O presidente defende uma ecologia popular, replica, em título, LA CROIX. O Chefe de Estado, anunciou querer limitar o impacto das taxas aplicadas aos combustíveis e lançou uma grande concertação. No seu editorial Sozinho contra todos, LA CROIX, escreve que Macron conseguiu exprimir ontem a sua compreensão em relação aos franceses ricos e pobres, mas sente-se que o poder das palavras não bastará para apaziguar a actual crise.Diálogo de surdos entre Macron e os coletes amarelos, titula, LE FIGARO. Para responder à contestação, o presidente abriu uma grande consulta popular e esboçou uma posivel modulação das taxas dos combustíveis. Mas segundo uma sondagem da OpinionWay para LE FIGARO, 76% dos franceses consideram estas medidas insuficientes. Mas há urgência, nota LE FIGARO, no seu editorial: pôr termo a uma revolta fiscal que poderia transformar-se numa crise política e social.Mudando de assunto, na actualidade internaciona, vozes se erguem na Ucrânia contra Moscovo, após o apresamento de 3 navios militares ucranianos pelas forças russas no domingo, escreve, LE MONDE.Em relação à África, LE MONDE destaca Congo, os segredos do assassínio de peritos da ONU. Para o governo de Kinshasa, os dois peritos da ONU e seus motoristas assassinados, em março de 2017, foram decapitados por um grupo rebelde. LE MONDE e outros mídias, como a RFI, tiveram acesso a documentos confidencias da ONU, dividida entre defensores de um compromisso político com Kinshasa em detrimento da verdade e adeptos de um inquérito independente. 

Primeiras páginas dos jornais franceses de 28 de novembro de 2018
Primeiras páginas dos jornais franceses de 28 de novembro de 2018 RFI
Ver os demais episódios
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.