Serotonina, novo romance do escritor francês Houellebecq
O sétimo romance do francês, Michel Houellebecq, Serotonina, apareceu hoje nas livrarias, mas mesmo antes da sua publicação já se tinha imposto na opinião como o grande acontecimento do ano literário em França. A tiragem da editora Flammarion, é de 320.000 exemplares, mas já se prevê uma nova impressão da obra do francês mais lido no estrangeiro.
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Michel Houellebecq, "l'enfant terrible" da literatura francesa está de regresso às livrarias em França, com um novo romance, Serotonina, obra sombria e pugnaz que se vende que nem pãezinhos quentes.
Obra que faz um mergulho numa França rural e sofredora, no momento em que este país atravessa uma crise social profunda.
No Amazon em França, a meio da tarde o romance ocupava o primeiro lugar nas vendas e numa livraria de Paris, uma vendedora, dizia ter vendido o dia todo só a obra, Serotonina.
Mesmo numa livraria em Niort, cidade descrita no romance como "uma das mais feias", conhecida por Houellebecq, os leitores já tinham comprado ao meio dia metade dos 100 exemplares disponíveis.
O escritor francês contemporâneo, Michel Houellebecq, mais lido no estrangeiro, segundo a sua editora, que tem um mau feitio, resolveu fazer "dieta dos meios de comunicação social", não prestando declarações ou dando entrevistas, pelo menos até agora.
Mas a sua obra, Serotonina, constitui o maior evento literário do ano em França e na Europa, onde as vendas vão começar na próxima semana. O livro sairá em alemão a 7 de janeiro, em espanhol a 9 e em italiano e inglês a 10 de janeiro.
Em matéria de reacções dos primeiros leitores que compraram Serotonina, nas livrarias francesas, Chantal, 67 anos, declarou, que estava "ansiosa há vários dias para comprar a obra", porque adora o "escritor pertinente e enraízado no mundo real".
"Gosto do seu lado niilista e sombrio e há poucos escritores que têm uma visão da sociedade", como Houellebecq.
Por seu lado, Antoine Jourdan, de 76 ans, mostra-se mais revoltado com a excitação dos jornalistas e críticos literários em torno de um escritor que ele pensa ser "cínico" e que "não vai ler o livro, a não ser que alguém o convença".
Enfim, o romancista francês, Houellebecq, não tinha publicado desde a sua polémica obra Submissão, há 4 anos, onde descrevia uma França sob as botas dum Islão radical, antevendo mesmo um potencial presidente muçulmano.
Serotonina, novo romance do polémico francês, Houellebecq
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