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Revista de Imprensa

Polémica em torno do debate nacional sobre crise em França

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As primeiras páginas dos jornais franceses estão dominadas por temas da actualidade nacional, que vão desde impostos passando pela saúde até educação.Reforma do imposto sobre a fortuna e da contribuição social geral faz baixar donativos, titula, LE MONDE. 2018 foi um ano negro para as associações, porque dos 2 mil e 900 milhões de euros geralmente arrecadados, os donativos baixaram 200 milhões de euros. Os mais ricos ajudavam as ONG's para verem os seus impostos reduzidos; a supressão do imposto sobre a fortuna resultou numa quebra das ajudas de cerca de 150 milhões de euros.A investigação na medicina é a mais afectada com uma baix sem precedentes de 16% dos donativos. A Liga contra o cancro lançou um apelo urgente aos franceses. O congelamento das pensões, o aumento da contribuição social e do preço de energia tiveram um forte impacto nas pensões de reforma, enquanto 60% dos doadores têm mais de 60 anos; e para complicar as coisas, a supressão em outubro de 2017 de 200 mil empregos subvencionados acabou por destabilizar as associações caritativas, nota, LE MONDE.Grande debate: as incógnitas duma concertação inédita, titula, por sua vez, LE FIGARO. No momento em que o governo se reúne em seminário para fixar o quadro da consulta, Chantal Jouanno, renunciou pilotar o debate, sobre os grandes problemas da sociedade francesa, após uma polémica em torno do seu ordenado de 14.700 euros por mês.Ela declarou numa entrevista à France Inter serem perfeitamente legítimas as interrogações levantadas em torno do seu salário, pelo que preferia não assumir a missão de liderar o debate nacional que lhe foi confiada pelo primeiro ministro. Mas, paradoxo, sobre o salário, porque Chantal Jouanno, não se demitiu da presidência da Comissão nacional do debate nacional, nota, LE FIGARO.Por seu lado, L'HUMANITÉ, titula, amordaças aos professores. O artigo 1° do projecto do diploma sobre a escola de confiança, ameaça o direito de expressão dos professores. A redacção ambígua do artigo da futura lei abre a possiblidade de amordaçar qualquer contestação de um professor. Face a reacções de indignação da profissão, o ministro da Educação nacional, promete reescrever o seu texti, mas sem que convença os sindicatos."Pode-se ler o texto como se qualquer comentário de um professor feito nas redes sociais possa vir a ser sancionado", reagiu, Francette Popineau, porta-voz da Snuipp-FSU, primeiro sindicato da escola primária, acrescenta, L'HUMANITÉ.Psiquiatria à míngua, titula, LIBÉRATION. Cortes nos efectivos, maus tratos, isolamento de doentes... se a situação é diferente de um hospital para outro, a psiquiatria pública vai mal. Apesar de um aumento de 50 milhões de duros nas verbas disponibilizadas ao sector psiquiátrico pelo ministério da Saúde, a situação nos hospitais é explosiva. É que junta-se à falta de meios o protagonismo das neurociências.A doença mental sofre de um descalabro teórico. A aliança entre a psicanálise e a psiquiatria que dominou como modelo teórico nos últimos 60 anos está moribunda. Hoje, dominam a biologia, os medicamentos e as neurociências, acrescenta, LIBÉRATION.Mudando de assunto, no internacional, LA CROIX, titula sobre Theresa May, a Dama de nervos de aço. Mulher de princípios, é ambiciosa e obstinada e pronta para a batalha decisiva sobre o Brexit, de 15 de janeiro. O seu mau carácter e o seu lado desconcertante, pois, nunca ninguém sabe o que pensa sobre determinado assunto, Theresa May, desequilibra e deixa loucos todos aqueles que tentam compreender a sua personalidade.Ela partiu hoje para o debate sobre o seu tratado negociado duramente com a União europeia, no parlamento convencida que a 15 de janeiro terá o Reino Unido que quer que seja a maior meritocracia do mundo, nota, LA CROIX.Enfim, sobre a África, LIBÉRATION, destaca Madagáscar: Andry Rajoelina, do golpe militar à vitória eleitoral. O Tribunal constitucional confirmou ontem a vitória do ex-presidente nas eleições presidencias. Pelo contrário, os juízes constitucionais, rejeitaram o recurso do adversário, Marc Ravalomanana, que denunciou fraudes eleitorais, da segunda volta das presidenciais de dezembro, acrescenta, LIBÉRATION.

Primeiras páginas dos jornais franceses de 09 de janeiro de 2019
Primeiras páginas dos jornais franceses de 09 de janeiro de 2019 RFI
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